Professores da UFPB 'comemoram' aniversário de 3 anos de atraso em obra

Professores e alunos do Programa de Pós Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) protestaram na manhã desta terça-feira (17) contra o atraso nas obras do prédio que deveria comportar as novas salas e laboratórios do programa. Com um bolo e uma vela com o número 3 em mãos, os manifestantes cantaram parabéns para as obras, que foram orçadas em mais de R$ 1,8 mi, tiveram início há exatos quatro anos e tinham previstos 360 dias para o seu término.

Conforme o professor Ricardo Lucena, as atuais condições do prédio que é ocupado pelos alunos são incipientes, pois eles estavam na constante expectativa da nova unidade, que deveria ter sido entregue há três anos. “Funcionamos atualmente num prédio antigo, com um número de salas pequeno, salas deficitárias, em que faltam ar condicionados, data shows, com instalações elétricas precárias. Tudo isso tem sido um problema para a gente. Viemos hoje em busca de respostas, porque não temos nenhuma perspectiva hoje de quando esse prédio será entregue”, lamentou.

Além da pós-graduação em Educação, mestrados e doutorados de outras áreas também seriam beneficiados com a entrega do prédio. De acordo com a reitora da UFPB, Margareth Diniz, o problema é de conhecimento da reitoria, mas é uma 'herança' da gestão anterior. Ela detalhou que o projeto do prédio era como uma 'casca de ovo', pois não foi pensado na estrutura completa no momento do início das obras. Apesar disso, ela garantiu que a obra será concluída.

“Na gestão anterior, obras eram iniciadas apenas com os projetos arquitetônicos e sem projetos complementares. As duas primeiras empresas que assumiram essas obras desistiram. Ontem mesmo conversei com a prefeitura universitária e eles já vão conversar com a terceira empresa nos próximos dias para saber se ela se comprometerá em terminar as obras”, assegurou. “Apenas lamentamos essa situação, porque, além de pensarmos à frente, temos que gastar mais tempo e recurso numa obra que foi mal pensada e não é só essa, temos ao todo 50 nessa situação. Porém a atual gestão está comprometida em finalizar todas elas”, garantiu.