CULTURA
Arlindo Cruz morre no Rio de Janeiro aos 66 anos
Um dos maiores nomes do samba, Arlindo Cruz enfrentava sequelas de um AVC desde 2017.
Publicado em 08/08/2025 às 15:41 | Atualizado em 08/08/2025 às 15:56

O cantor e compositor Arlindo Cruz morreu nesta sexta-feira (8), no Rio de Janeiro, aos 66 anos. A informação foi confirmada pela esposa dele, Babi Cruz.
Desde março de 2017, o artista vivia com as sequelas de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. Ele estava internado no hospital Barra D'Or, na Zona Oeste da cidade, onde faleceu.
Arlindo passou quase um ano e meio internado após o AVC e, desde então, teve várias internações. Não voltou a se apresentar nos palcos.
Quem foi Arlindo Cruz

Arlindo Cruz nasceu no Rio de Janeiro em 14 de setembro de 1958. Era cantor, compositor e multi-instrumentista, conhecido principalmente pelo trabalho no cavaquinho e no banjo. Ao longo da carreira, teve mais de 550 músicas gravadas por diversos artistas.
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O artista começou a tocar cavaquinho aos 7 anos. Aos 12, aprendeu violão com o irmão Acyr Marques e, ainda jovem, estudou teoria musical e violão clássico. Na escola Flor do Méier, iniciou sua trajetória como músico profissional. Nesse período, teve o apoio de Candeia, a quem chamava de “padrinho musical”.
Em Barbacena (MG), onde estudou na escola preparatória de Cadetes do Ar, Arlindo também venceu festivais de música. Quando voltou ao Rio, passou a frequentar o Cacique de Ramos, onde tocou com Beth Carvalho, Jorge Aragão, Almir Guineto e Zeca Pagodinho.
Depois de ter 12 músicas gravadas por outros artistas, como Alcione e Beth, Arlindo se destacou também como intérprete. Ele substituiu Jorge Aragão no grupo Fundo de Quintal, onde ficou por 12 anos. Lá, gravou músicas como Seja Sambista Também e O Mapa da Mina.
Em carreira solo, lançou CDs, DVDs e se apresentou ao lado de nomes como Caetano Veloso, Alcione e Zeca Pagodinho. Em 2009, lançou o DVD Arlindo Cruz MTV Ao Vivo. Nos anos seguintes, produziu Batuques e Romances (2011) e Batuques do Meu Lugar (2012).
Arlindo também atuou nas disputas de samba-enredo. Foi autor de sambas premiados no Império Serrano, sua escola de coração, com vitórias em 1996, 1999, 2001, 2003, 2006 e 2007. Em 2023, foi homenageado pela escola e desfilou na alegoria “O show tem que continuar”.
Em 2008, passou a escrever para a Grande Rio e compôs o samba do enredo “Do Verde de Coarí Vem Meu Gás, Sapucaí!”.
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