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SILVIO OSIAS

O centenário de um gigante do jazz

Se estivesse vivo, Oscar Peterson teria feito 100 anos neste 15 de agosto de 2025.

Publicado em 16/08/2025 às 19:18 | Atualizado em 16/08/2025 às 19:45


				
					O centenário de um gigante do jazz
Foto/Reprodução.

Oscar Peterson era preto como os pretos dos Estados Unidos que inventaram o jazz, a mais rica e mais importante expressão da música popular do mundo. Mas, diferente deles, Peterson não era americano. Era canadense de Montreal.

Oscar Peterson, batizado Oscar Emmanuel Peterson, nasceu no dia 15 de agosto de 1925. Se estivesse vivo, teria completado 100 anos. Um dos maiores pianistas do jazz, Peterson morreu aos 82 anos, em dezembro de 2007.

Pianistas do jazz. A lista é interminável. Gosto de lembrar de dois que eram, a um só tempo, pianistas e bandleaders: Duke Ellington e Count Basie. Eram econômicos, mas isso não os diminui. Ellington, além de tudo, foi um dos maiores compositores americanos do século XX, transitando ali na fronteira entre o jazz e a música erudita.

Art Tatum, Thelonious Monk, Dave Brubeck, Bill Evans, Herbie Hancock, Keith Jarrett. São incontáveis. Oscar Peterson foi um deles. Mesmo sem ser revolucionário como Monk, ou moderno como Hancock, ou inventor como o Jarrett do Köln Concert.

Oscar Peterson foi um gigante do jazz do século XX, o primeiro século do jazz. Seu senso de improvisação e sua velocidade ficaram como marcas profundas da sua assinatura.

Oscar Peterson teve uma carreira longa. Viajou muito, tocando pelo mundo inteiro. E gravou muito, ao vivo e em estúdio, deixando precioso legado para a posteridade.

Há o Oscar Peterson da Verve, lá nos remotos anos 1950. E, mais tarde, há o Oscar Peterson da Pablo. Sempre com o produtor Norman Granz por perto.

Há o Oscar Peterson em seus discos de carreira, quase sempre tocando em trio. Há o Oscar Peterson dividindo álbuns com outros gigantes do jazz. E há, ainda, o Oscar Peterson como músico de sessão, atuando com gente do primeiríssimo time do jazz.

Oscar Peterson com Ben Webster. Oscar Peterson com Louis Armstrong. Oscar Peterson com Ella Fitzgerald. Oscar Peterson nos songbooks instrumentais que, desde o início da década de 1950, dedicou aos grandes compositores dos Estados Unidos.

Gosto particularmente do trio Oscar Peterson (piano), Ray Brown (contrabaixo) e Ed Thigpan (bateria). Night Train, de 1963, com essa formação, é disco antológico.

O sucesso de West Side Story levou Oscar Peterson a recriar alguns temas do musical que saiu dos palcos para o cinema. É outros entre seus álbuns imprescindíveis.

Também associo seu nome a guitarristas como Barney Kessell, Herb Ellis, Jim Hall e Joe Pass. E ao contrabaixista dinamarquês Niels-Henning Orsted, que sucedeu Ray Brown.

Tudo em Oscar Peterson é grandioso. É música de intensa beleza a atravessar o tempo. Quando não estava nos palcos ou nos estúdios, Peterson dava aulas e recomendava que seus alunos de piano ouvissem Bach. Festejemos seu centenário e sua arte.

Foto/Reprodução

Silvio Osias

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