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VIDA URBANA

Cordão umbilical: 200 coletas na PB

Banco de Cordão Umbilical do Brasil em João Pessoa abrange toda a Paraíba e realiza por mês cerca de 15 coletas de células-tronco.

Publicado em 08/01/2013 às 6:00


Em apenas dois anos, cerca de 200 coletas de cordão umbilical já foram realizadas e encaminhadas para armazenamento, cujo benefício do processo é responsável pelo tratamento e cura de mais de 80 doenças, como leucemia e linfomas, a partir das células-tronco contidas no cordão umbilical. As informações são do biométrico e diretor do Banco de Cordão Umbilical (BCU Brasil), em João Pessoa, Lindonor Pires.

Segundo ele, o BCU Brasil de João Pessoa abrange todo o Estado, onde são realizadas mensalmente cerca de 15 coletas de células-tronco, que compreende na pulsão e retirada do sangue do cordão umbilical (intra útero) e da placenta (extra útero). “A coleta é feita ainda na maternidade, no momento do parto, de modo que enquanto o bebê segue para os cuidados pediátricos, enfermeiros treinados para o serviço realizam a coleta no restante do cordão que ficou ligado à mãe. Em seguida, o material é inserido na bolsa de coleta que é acondicionada e enviada para São Paulo, onde será processado e armazenado”, explicou.

De acordo com o biométrico, para o armazenamento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamenta que cada cordão umbilical contenha pelo menos 500 milhões de células-tronco, no entanto, a média encontrada em cada cordão é superior ao estimado, variando de 700 milhões a um bilhão de células-tronco. “A incidência de dar abaixo do determinado pela Anvisa é mínima, cerca de um caso para cada dez coletas.

Mesmo assim, pelo grande benefício que pode gerar para uma vida, se por acaso, devido alguma particularidade, um cordão apresentar menos de 500 milhões de células-tronco, a coleta e o armazenamento poderá ser feito com a autorização dos pais do bebê”, ressaltou.

Lindonor Pires disse, ainda, que além das 80 doenças que já podem ser tratadas a partir das células-tronco, como a retinoblastoma (câncer na retina), anemias falciformes e até infarto, existem mais outras 200 sendo pesquisadas para tratamentos futuros. Por outro lado, destacou que a demanda ainda não é a ideal. “Realizamos de 10 a 15 coletas por mês, o que é uma boa procura, mas poderia melhorar para média entre 30 e 40 coletas, pois as possibilidades de tratamento com as células-tronco são muitas, podendo servir até para a cura de doenças de parentes próximos, como irmãos”, frisou.

O diretor do BCU Brasil de João Pessoa, acrescentou que a procura tem crescido com o passar do tempo, tanto pela divulgação do serviço e de seus benefícios, como pelo valor da assistência que diminuiu bastante, em comparação do cobrado no início do procedimento no Estado. “Antes custava cerca de R$10.000 e R$ 15.000, atualmente já é cobrado em torno de R$ 3.000 a R$ 3.500. Além disso, orientamos os médicos para que possam informar as pacientes sobre essa possibilidade”, pontuou.

A utilização das células-tronco pode ser feita de duas formas, o que dependerá de cada tratamento, pois existem aqueles mais invasivos, que necessitam de intervenção cirúrgica e os menos invasivos, que são tratamentos mais simples, onde as células podem ser aplicados por injeção intravenosa. “Um exemplo de um método mais invasivo é o tratamento de paralisia cerebral, que através de um catéter, inserido na jugular do paciente, levará até a região afetada do cérebro as células-tronco, que regenerará aquela área”, afirmou ao acrescentar que a técnica também é usada para tratamento de infarto.

TECNOLOGIA
Lindonor Pires explicou que graças à tecnologia internacional utilizada atualmente nos laboratórios do BCU para congelamento das células-tronco, elas podem durar por uma vida. “Se o congelamento fosse feito diretamente no nitrogênio, a durabilidade das células-tronco seria de 15 anos, no máximo.

Como há uma tecnologia de ponta no armazenamento, que primeiramente processa o material coletado em uma máquina, que separa as células-tronco do restante do sangue e, em seguida, é congelado gradativamente até que chegue a -80°C (negativo), para poder ser armazenado no nitrogênio líquido a -196°C (negativo), garante a sobrevivência das células para a vida inteira”, observou.

Ao concluir, o biométrico destacou que na Paraíba ainda não houve registro de pessoas que precisaram recorrer às células-tronco para tratamento de alguma doença. “Mas isso é bom, porque não desejamos doença a ninguém”, asseverou.

Segundo Lindonor Pires, quando surge a necessidade de utilizar as células-tronco armazenadas no BCU para o tratamento de alguma doença, “o médico responsável pelo procedimento solicita as células aos pais, que por sua vez repassa o pedido ao banco, que prontamente transfere as células-tronco, sem custo algum para os pais, onde quer que eles estejam”.

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Jornal da Paraíba

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