PLENO PODER
Enquanto base do Governo vive rompimento, Pedro permanece em 'off-line'
Ex-deputado não tem participado do debate público nos últimos dias
Publicado em 09/09/2025 às 11:45

A política paraibana está em ebulição. Na última sexta-feira (05) o prefeito da Capital, Cícero Lucena, oficializou a sua saída do partido Progressistas e comunicou ao governador João Azevêdo (PSB) que disputará o Governo do Estado em 2026 - dentro ou fora da base governista.
Depois disso, o grupo Ribeiro ampliou a rachadura da base e retirou da gestão municipal alguns auxiliares. O governador João Azevêdo caminhou em uma direção semelhante, rechaçando o movimento de Lucena e cobrando fidelidade aos membros do PSB.
O desfecho era tudo o que a oposição esperava há meses. O senador Veneziano Vital, por exemplo, colocou o MDB à disposição do prefeito. Até o médico Marcelo Queiroga, que disputou o segundo turno com Cícero ano passado, deixou as portas abertas para uma eventual aliança.
Enquanto isso, pré-candidatos a deputado estadual, para a Câmara Federal e para o Senado da oposição e governistas percorrem ruas, eventos e feiras livres em busca de apoios.
Mas há um dos atores desse xadrez, o ex-deputado e presidente estadual do PSD, Pedro Cunha Lima, em uma sintonia diferente. Pedro continua distante do debate público - uma espécie de modo 'off-line' em meio ao 'tumulto' da política estadual.
Uma postura incompatível com quem dirige um partido grande como o PSD e obteve, em 2022, uma votação expressiva para o Governo.
O ex-tucano é sempre lembrado quando o assunto é 2026, mas a falta de movimentação aos poucos tem incomodado aliados. Eles dizem que até agora o PSD não formou uma chapa proporcional competitiva para o próximo ano - o que dificulta a atração de novos nomes.
A falta de engajamento de Pedro no debate público é ruim para a oposição, que termina ficando a reboque da dissidência aberta por Cícero. O grupo tem ainda a pré-candidatura de Efraim Filho (UB), mas com dificuldades para formação de um palanque mais amplo - para além do bolsonarismo.
E Pedro, que poderia estar na vitrine das discussões, está nesse momento longe do ‘front’.

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