CULTURA
Casa onde nasceu José Lins do Rego é tombada como Patrimônio Cultural do Brasil
Conjunto arquitetônico foi inscrito no Livro de Tombos Históricos e no Livro de Tombos de Belas Artes, após decisão unânime do Iphan.
Publicado em 16/09/2025 às 18:00

O Engenho Corredor, casa onde nasceu o escritor José Lins do Rego, em Pilar, na Paraíba, foi tombado e se tornou Patrimônio Cultural do Brasil, nesta terça-feira (16). A decisão foi tomada por unanimidade pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan.
A reunião, 110ª do conselho, ocorreu na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em Brasília O tombamento será inscrito tanto no Livro de Tombos Históricos quanto no Livro de Tombos de Belas Artes.
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O conjunto arquitetônico é formado por quatro edificações: a casa sede, a casa de purgar, a casa de engenho e a senzala.

A área tombada também inclui parte da várzea do rio Paraíba, estabelecendo uma conexão histórica com os antigos modos de transporte fluvial e ferroviário.
De acordo com o processo de tombamento, “a ideia é ter limites físicos visíveis e o limite é a área de várzea do rio. Como o rio faz parte também dessa relação, foi conectado esse engenho com esses modos de transporte, que é o fluvial e o ferroviário”.
Sobre o Engenho Corredor
O Engenho Corredor foi construído no século XIX e teve papel central na produção de açúcar na região Nordeste. A casa sede é o local de nascimento de José Lins do Rego, autor de obras como "Menino de Engenho" e "Fogo Morto", que retratam a vida no engenho e a sociedade da época.
Hoje, o espaço funciona como museu, preservando a memória literária e cultural do autor e da família Lins. As visitas guiadas permitem que o público conheça a história do ciclo da cana-de-açúcar e a relação do engenho com a região.
Quem foi José Lins do Rego

José Lins do Rego nasceu em 1901, na Paraíba, e se tornou um dos principais escritores da literatura brasileira. Suas obras retratam a vida no Nordeste, especialmente a realidade dos engenhos de açúcar e a sociedade da época. O escritor morreu em em 12 de setembro de 1957, no Rio de Janeiro.
Entre seus livros mais conhecidos estão ''Menino de Engenho'' e ''Fogo Morto'', que mostram o cotidiano, a cultura e os desafios das famílias envolvidas na produção açucareira. Seu trabalho é referência para entender o ciclo da cana-de-açúcar e a história social da região.
Além da produção literária, José Lins do Rego deixou um legado cultural que conecta a memória histórica dos engenhos ao patrimônio literário brasileiro.
José Lins do Rego é patrono da Academia Paraibana de Letras e ocupou a cadeira n.º 25 da Academia Brasileira de Letras.
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