CONVERSA POLÍTICA
Cícero revela encontro com Cássio Cunha Lima e adota tom cauteloso sobre virar oposição a João
Prefeito de Cícero Lucena tem tido reuniões com opositores ao governador João Azevêdo, mas tenta diplomacia.
Publicado em 25/09/2025 às 19:03

Em sua primeira agenda pública administrativa, desde o retorno da licença, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (sem partido), revelou nesta quinta-feira (25) que esteve em Brasília com o ex-senador Cássio Cunha Lima.
A reunião, segundo ele, foi apenas um primeiro passo em meio às articulações para 2026. Ao longo da semana, ele também esteve com o presidente nacional do PT, Edinho Silva, e lideranças do MDB, como o ex-deputado federal Benjamin Maranhão.
“Foi uma conversa inicial, de perspectivas. Ainda não sabemos o que vai ocorrer. Falta um ano para a eleição, estamos apenas avançando nesses detalhes”, afirmou.
Pedro se articula com pré-campanha de Efraim
No fim de semana, o ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSD), presidente estadual do PSD e filho de Cássio, participou de uma agenda de articulação da pré-candidatura do senador Efraim Filho (União) ao governo em 2026.
À CBN, Pedro colocou dificuldades em uma aliança com Cícero por ele ter colocado a "máquina administrativa" a serviço da campanha de reeleição do governador João Azevêdo (PSB), da qual ele saiu derrotado no segundo turno com uma diferença de quase 117 mil votos.
Cícero adota cautela sobre relação com João
A revelação acontece pouco mais de 20 dias após Cícero anunciar sua desfiliação do PP para concorrer ao governo em 2026, o que foi tratado pelo pelo governador João Azevêdo como um rompimento, já que o grupo tem planos de lançar o vice-governador Lucas Ribeiro (PP).
Apesar da 'sentença', Cícero adotou cautela ao ser questionado se iria migrar para a oposição. “Há pouco tempo eu estava na base desse projeto, que tem acertos e erros. Como na Prefeitura de João Pessoa, é um processo natural de ajustes. Agora, em respeito à população, seguimos nesse debate”, disse.
Cícero também fez questão de manter um discurso de respeito aos ex-aliados. “Se convivi esse tempo todo com esse grupo, não é porque agora atendo a uma convocação da população, bem posicionado como pré-candidato, que vou dizer que eles não prestam. Em absoluto. Tenho a responsabilidade de falar a verdade”, completou.
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