PLENO PODER
Hugo Motta entra na mira do TCU e do MPF por suspeitas de 'fantasmas' e 'rachadinha"
Assessoria do paraibano informou que não comentará o tema
Publicado em 10/11/2025 às 22:46 | Atualizado em 10/11/2025 às 23:07

Em fevereiro deste ano, quando tomou posse na Presidência da Câmara Federal, o paraibano Hugo Motta (Rep) virou uma chave. De uma potencial liderança da política paraibana - eleito pela primeira vez com 21 anos - ele se tornou, de fato, um dos caciques mais influentes do Estado. Mas a ascensão nacional tem trazido, também, uma enxurrada de denúncias e questionamentos.
As últimas levaram o paraibano a entrar na mira do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público Federal.
No primeiro caso em uma apuração que verifica a existência de servidoras 'fantasmas' em seu gabinete. O órgão estabeleceu um prazo de 15 dias para apresentação de esclarecimentos.
A segunda situação motivada por reportagens publicadas pela imprensa nacional, levantando suspeitas sobre a possível prática de 'rachadinha', igualmente em seu Gabinete. De acordo com a Folha de São Paulo, o MPF abriu uma investigação preliminar para aprofundar as suspeitas.
Como tem foro privilegiado, o procedimento que tem Motta como alvo deverá tramitar junto à Procuradoria Geral da República (PGR). A parte cível, que investigará se houve a prática de improbidade, ficará sob a responsabilidade dos procuradores em Brasília.
Ao Blog, a assessoria do parlamentar informou que não comentaria o tema.
Aliados dele classificam como "denuncismo" a abertura dos procedimentos e lembram que, no passado, familiares do deputado já foram também alvo de questionamentos - mas posteriormente foram absolvidos.
As informações, reveladas pela imprensa ou por outros meios, ainda que não colocadas sob o crivo do contraditório, têm impactado no horizonte do paraibano sob o prisma da política - embora ele busque reverter o desgaste através da força das Emendas Impositivas destinadas a seus redutos eleitorais.
Para 2026 Motta está decidido a ampliar o seu alcance. Quer eleger o pai, Nabor Wanderley, como senador; e a irmã, Olívia Motta, para Assembleia Legislativa. Considerando o atual modelo da política brasileira, em que o orçamento da União é rateado entre parlamentares para irrigar apoios, ninguém duvida que ele ainda poderá ter êxito na empreitada.
Mas poucos são os que não reconhecem, também, que o sentimento de decepção com Motta, em solo paraibano, é crescente. O silêncio público diante de suspeitas de rachadinha e fantasmas apenas amplia essa atmosfera.

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