CONVERSA POLÍTICA
Motta diz que Câmara não permitirá que PF perca atribuições: 'Isso é inegociável'
A declaração do paraibano ocorre em meio a um embate entre governo e oposição, após mudanças propostas pelo deputado federal Guilherme Derrite (PP).
Publicado em 11/11/2025 às 15:37

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta terça-feira (11) que a Casa não permitirá que a Polícia Federal perca suas atribuições, e que isso é uma condição "inegociável".
"A Câmara não permitirá, em nenhum momento, que a PF perca suas prerrogativas. Essa é uma condição inegociável. Tanto é que o próprio relator, desde o dia ontem, por intermédio nosso, conversou com o diretor-geral da Polícia Federal", disse o presidente da Casa.
A declaração do paraibano ocorre em meio a um embate entre governo e oposição, após o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), relator do projeto de lei Antifacção na Câmara dos Deputados, propor uma série de mudanças no texto.
Entre as alterações, Derrite propôs uma limitação da atuação da PF nos estados, o que gerou críticas sobre uma eventual falta de autonomia da corporação nas investigações contra o crime organizado.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, também criticou as mudanças dizendo que o projeto pode comprometer investigações de grande complexidade.
Motta afirmou que deve se reunir com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na tarde desta terça para tratar do projeto.
Debate desvirtuado
Segundo o presidente da Câmara, estão querendo “desvirtuar” o debate sobre o PL 5.582 de 2025, ao afirmarem que a Casa quer tirar a competência da PF.
“Isso não é verdade. Nós vamos pelo contrário, que é fortalecer os meios para que tanto a Polícia Federal, como o Ministério Público, os Ministérios Públicos estaduais, o Ministério Público Federal e as polícias estaduais possam ter mais instrumentos para enfrentar o crime organizado”, completou.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, chegou a afirmar que as mudanças feitas pelo relator seriam um “presente para o crime organizado”.
*com informações do g1 e Agência Brasil

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