Rio Preto aciona CBF após alegar ter pré-contrato com atacante anunciado pelo Treze

O Rio Preto notificou extrajudicialmente o Treze após o clube paraibano anunciar a contratação do atacante Douglas Henrique. A diretoria da equipe paulista afirma possuir um pré-contrato assinado com o jogador desde o dia 2 de outubro, com previsão de apresentação para o início da pré-temporada. O caso foi encaminhado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e também à Federação Paulista de Futebol (FPF).

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Segundo o Rio Preto, Douglas Henrique é representado por uma empresa com a qual o clube mantém vínculo formal. No entanto, outro empresário teria intermediado uma proposta para que o atacante assinasse com o Treze. O clube paulista afirma ter sido surpreendido com o anúncio oficial do Galo da Borborema, divulgado nas redes sociais, mesmo com o jogador supostamente comprometido contratualmente com o Jacaré.

— O Rio Preto tem um pré-contrato assinado com o atleta Douglas Henrique. Para nossa surpresa, vimos que ele foi anunciado pelo Treze mesmo com o vínculo vigente conosco. Isso fere as normas da Lei Pelé e os regulamentos da CBF e da Fifa — afirmou ao ge um dirigente do Jacaré, que pediu para não ser identificado.

De acordo com um dirigente do Rio Preto, a diretoria tentou resolver a questão de maneira amistosa, mas não houve retorno positivo por parte do clube paraibano. O mesmo dirigente ainda declarou que o Treze já teria se envolvido em situações semelhantes anteriormente, o que reforçou a decisão de acionar a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), órgão da CBF responsável por analisar conflitos de natureza contratual entre clubes, atletas e empresários.

O Rio Preto pretende requerer a aplicação da multa prevista no pré-contrato, em razão do suposto descumprimento do acordo. A diretoria também informou que encaminhou à CBF todos os documentos que comprovam a assinatura do jogador e a relação com sua empresa de representação, além da notificação enviada à Federação Paulista.

— Entramos em contato com o Treze para resolver o problema de forma tranquila, mas o clube não se colocou à disposição. Por isso, enviamos uma notificação formal, informando sobre o pré-contrato, que tem o mesmo valor de um contrato oficial. Vamos levar o caso à CNRD e também divulgar à imprensa, porque isso é reincidência, é agir de má-fé e não condiz com o profissionalismo que o futebol precisa — completou o dirigente do Rio Preto.

Procurado pela reportagem do Jornal da Paraíba, o Treze informou, por meio de nota, que o departamento jurídico do clube está ciente do caso, mas que não irá se pronunciar oficialmente sobre o assunto neste momento.

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