ECONOMIA
Maioria dos empregados na Paraíba trabalha nos próprios empreendimentos, diz IBGE
Dados do IBGE são oriundos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), relativos ao ano de 2024.
Publicado em 20/11/2025 às 17:02

O levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostrou que a maior parte dos empregados na Paraíba trabalhava nos próprios empreendimentos, em 2024. Do total de 1,263 milhão, 49,6%, ou seja, 627 mil, estavam inseridos nesse categoria.
O restante dos empregados na Paraíba que não estavam nos próprios empreendimentos, concentravam suas atividades em locais definidos pelos empregadores. Veja abaixo os dados de onde os paraibanos trabalharam em 2024:
- 12,5% (158 mil) em fazenda, sítio, granja, chácara etc.;
- 10,3% (130 mil) no domicílio ou residência;
- 4,6% (58 mil) em veículo automotor;
- 3,6% (46 mil) em via ou área pública.
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Número de empregadores e trabalhadores por conta própria cresce
O número de empregadores e trabalhadores por conta própria na Paraíba cresceu entre os anos de 2023 e 2024 no estado, conforme a pesquisa. O crescimento foi de 5,6% no período.
Segundo o levantamento, em 2023, haviam 462 mil trabalhadores e empregadores que realizavam uma atividade profissional de forma autônoma, sem ter um vínculo empregatício formal com um empregador ou funcionário. No ano seguinte esse número subiu para 488 mil.
Em relação aos dados somente dos trabalhadores por conta própria na Paraíba, sem considerar os empregadores, em 2024, a Paraíba somava 418 mil pessoas nessa categoria. Em 2023, esse contingente era de 407 mil.
Os números de empregadores por conta própria, sem contar os números de trabalhadores, também aumentou nesse mesmo período em questão. Em 2023, os indicadores do IBGE apontaram 70 mil empregadores, no ano anterior o número estava em 55 mil.
De acordo com o IBGE, do total de empregadores e trabalhadores por conta própria no estado 105 mil (21,5%) tinham negócios registrados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) em 2024, o que representa um recuo de 1,9 ponto percentual em relação ao ano imediatamente anterior, que estava em 23,4%.
Esses números de recuo com empregadores e trabalhadores com registro no CNPJ destoa da tendência nacional de alta. No cenário regional, considerando o Nordeste, também houve uma tendência de aumento.
O IBGE diz que a redução da cobertura do CNPJ foi puxada tanto pela categoria dos empregadores, cuja taxa de formalização caiu 5,1 pontos percentuais entre 2023, com 74%, e 2024, com 68,9%.
Mulheres tem maior taxa de formalização com CNPJ na Paraíba
Também conforme o IBGE, a distribuição do total dos empregadores ou conta-própria em empreendimento registrado no CNPJ por sexo, revela que a participação era mais expressiva entre as mulheres na Paraíba. 23,6% do sexo feminino que têm algum negócio aparecem como registradas. Entre os homens esse número foi menor, de 20,5%.
Esses dados seguem tendência no cenário nacional e nordestino, que apresentaram também a maior taxa de mulheres com empreendimentos com CNPJ, onde as taxas do grupo feminino foram de 35,2% e de 21,1%, respectivamente.
No caso dos homens, esses números foram foram de 32,7% e de 18,3%, no cenário brasileiro e nordestino, respectivamente.

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