COTIDIANO
DER notifica empresa responsável por balsa que quebrou entre Lucena e Cabedelo
De acordo com o diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado da Paraíba, uma reunião foi convocada para entender o ocorrido.
Publicado em 04/12/2025 às 17:09
O diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado da Paraíba (DER-PB), Fleming Cabral, afirmou que a empresa responsável pela balsa que quebrou na manhã desta quinta-feira (4), durante a travessia entre as cidades de Cabedelo e Lucena, foi notificada para dar explicações sobre o ocorrido em até cinco dias úteis. Segundo ele, a empresa pode chegar a ter a concessão para operar a balsa cassada.
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“A notificação pede para que a empresa dê as devidas explicações com relação aos fatos ocorridos hoje. É bom ressaltar que nesse sentido, pode ter a possibilidade de cassação da concessão após a reunião junto com a Marinha e empresa para entender o que está acontecendo com a manutenção dos equipamentos", afirmou Fleming Cabral.
De acordo com Fleming, o DER é responsável por fiscalizar os horários e as tarifas cobradas pela balsa, enquanto a Marinha é encarregada pela navegação. A produção da TV Cabo Branco procurou a Marinha em busca de uma posição sobre o caso, mas não obteve retorno.
Uma reunião com a Marinha e com a Nordeste Navegações, responsável pela operação da balsa, foi convocada pelo DER para discutir sobre os problemas que vem sendo identificados na embarcação e verificar como o processo de manutenção da balsa está sendo realizado.
“A empresa está notificada para se explicar em cinco dias úteis. Vamos ter essa reunião junto com a Marinha para poder identificar [os problemas da balsa] e ver realmente essa questão da manutenção, que é fiscalizada pela Marinha", explicou.
Conforme informado pelo DER, os serviços de travessia da balsa foram retomados poucas horas depois do ocorrido.
Balsa quebrada e resgate dos passageiros

A balsa que realiza a travessia entre Costinha, em Lucena, e o município de Cabedelo quebrou na manhã desta quinta-feira (4). Os passageiros estavam no início da travessia pelo Rio Paraíba quando o equipamento apresentou o defeito.
Segundo os usuários, um catamarã se deslocou até a balsa e fez o resgate dos passageiros, mas foi necessário pular a grade de proteção para trocar de embarcação e ninguém usou colete salva-vidas.
De acordo com relatos de passageiros, o problema ocorreu por volta das 5h30, pouco depois da saída da embarcação de Lucena com destino a Cabedelo. Segundo a empresa responsável pela travessia, o motor do rebocador sofreu uma falha, que já está sendo reparada.
Ainda segundo os usuários, a balsa estava lotada, pessoas passaram mal durante o resgate e ficaram assustados. “A gente ficou muito agoniado lá dentro. Depois veio o catamarã. Quando chegou no meio, ela ficou tombando de um lado para o outro. Eu sou nervosa, fiquei logo chorando”, afirmou uma usuária.
“A gente não usou boia, eles não orientaram em momento nenhum. No momento do desespero, algumas pessoas pegaram o colete dentro do catamarã, mas no momento da passagem [troca de embarcações] ninguém estava de colete”, afirmou outra usuária.
O gerente da balsa, Antônio Dias, afirmou que a balsa não estava lotada, que a manutenção é feita com frequência e negou que fosse necessário o uso de coletes na troca de embarcações.
“Não havia necessidade. A balsa não estava afundando, ela apenas parou. Ela é totalmente segura. Colete tem. Não há necessidade de pânico”, afirmou Antônio Dias. "Os funcionários tentam não criar pânico, se mandasse colocar colete todo mundo ia entrar em pânico", completou.
Outros passageiros que aguardavam em Costinha para fazer a travessia até Cabedelo precisaram realizar o trajeto de catamarã e reclamaram que esperaram cerca de 1h30 para embarcar.

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