VIDA URBANA
JP despenca no índice de emprego e renda
A Capital paraibana está entre as úitimas na região nordeste.
Publicado em 13/07/2014 às 8:00 | Atualizado em 06/02/2024 às 12:02
O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) aponta que João Pessoa apresentou uma queda de 178 colocações em nível nacional no quesito “emprego e renda”, permanecendo em segundo no Estado. Cabedelo, que em 2010 chegou à 5ª posição no ranking nacional, despencou para 123º no ano seguinte. Na relação das dez melhores no ranking paraibano, Campina Grande aparece em terceiro em cidades-polo do interior. Patos e Sousa não estão incluídas. O índice Firjan de 2014 tem como base os dados das cidades em 2011.
Entre as capitais do Nordeste, João Pessoa aparece em antepenúltimo lugar, à frente apenas de Maceió (AL) e São Luís (MA). A capital paraibana caiu para a posição 247ª em nível nacional na comparação com o ano anterior. Em 2010, João Pessoa ocupava o 96º lugar no Brasil, situando-se como o quinto melhor da região. No índice consolidado, que abrange os indicadores emprego, educação e saúde, a cidade caiu uma colocação, de quarto para quinto, apesar das melhorias nos setores de saúde e educação.
Em emprego e renda, a capital permanece à frente apenas de São Luís (MA), 251º no ranking nacional e com 0,7565 pontos, e Maceió (AL), 672º no Brasil e com pontuação de 0,6695 no índice. Recife lidera, embora esteja na 68ª colocação, enquanto o vizinho município de Ipojuca é o primeiro no ranking nacional.
Fortaleza (CE), Teresina (PI), Aracaju (SE) e Salvador (BA) completam os cinco primeiros. Natal (RN) está logo à frente de João Pessoa, com 0,7810 pontos e em 160º lugar entre as cidades brasileiras.
João Pessoa apresentou uma redução de 7% no indicador, de 0,8147 para 0,7575. O recuo foi mais acentuado do que o registrado no Brasil, de 0,7261 para 0,7219 (0,6%). Entretanto, essa queda pode ter sido puxada pela retração na geração de empregos ocorrida entre 2010 e 2011. No ano anterior, foram empregadas 2,52 milhões de pessoas com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foi o melhor resultado desde o começo da série histórica, em 1992.
“O ano de 2010 foi muito forte em contratações no mercado de trabalho formal, o que elevou o índice. Naturalmente, houve uma queda no ano seguinte nesse quesito, já que as contratações voltaram ao nível normal. Foi uma tendência em todas as capitais”, explica Jonathas Goulart, especialista em Desenvolvimento Econômico do Sistema Firjan.
Acerca do município de Cabedelo, que é o primeiro da Paraíba no quesito “emprego e renda”, Goulart afirma que outras variáveis além da geração absoluta de postos de trabalho são analisadas.
“O levantamento leva em consideração a capacidade que um município tem de gerar emprego e renda de acordo com a sua população. Certamente João Pessoa absorve mão de obra de cidades vizinhas por ser a principal cidade da região, mas em Cabedelo o mercado tem empregado boa parte dos seus cidadãos”, analisa.
CAMPINA TEM QUEDA
Campina Grande também registrou uma queda no índice, porém mais sutil: de 0,7515 para 0,7458 (0,75%).
Já comparando a outras 10 cidades de médio porte do Nordeste com mais de 200 mil habitantes (exceto as capitais), a Rainha da Borborema sustentou a sexta posição, à frente de Feira de Santana (BA), Caruaru (PE), Arapiraca (AL) e Caucaia (CE). A cidade permaneceu atrás de Juazeiro do Norte (CE), Olinda (PE), Mossoró (RN), Imperatriz (MA) e Vitória da Conquista (BA).
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