VIDA URBANA
Salário atrasa e portões do Plínio Lemos fecham
Salário de funcionários atrasa dois meses e Complexo Plínio Lemos em Campina Grande paralisa atividades.
Publicado em 06/12/2012 às 6:00
O Complexo Plínio Lemos, no bairro do José Pinheiro, em Campina Grande, criado para oferecer uma estrutura esportiva, de lazer e saúde, está com seus portões fechados desde a última terça-feira. Os frequentadores foram impedidos de entrar no local e receber seus atendimentos, sob alegação de que os 38 prestadores de serviço estariam sem receber os respectivos salários, referentes aos últimos dois meses.
Quem procurou o complexo desde a última terça-feira encontrou os serviços paralisados. Por causa do atraso nos salários, os funcionários decidiram que nada funcionará até que uma solução seja definida. Segundo um dos porteiros do Plínio Lemos, Evandro Ferreira, que presta serviços à Prefeitura Municipal de Campina Grande há oito anos no mesmo local, a atitude foi tomada como forma de protesto, já que não houve nenhuma tentativa de negociação, até a manhã de ontem.
Ele alegou que os salários estão atrasados há três meses, mas segundo o diretor do local, apenas os meses de outubro e novembro não foram depositados. “Os salários realmente estão atrasados e apesar de acharmos que a atitude dos prestadores de serviços foi impensada, não vamos entrar em confronto. A expectativa é de que os salários sejam pagos ainda hoje”, afirmou.
Ele contou que os 38 prestadores são a maioria dos funcionários do local, especialmente do setor de segurança, passando também por faxineiros, professores e outras funções. “Nada está funcionando, inclusive algumas atividades de final de ano com os idosos não aconteceram por causa do nosso protesto. As pessoas reclamam, mas enquanto não recebermos o dinheiro, não vamos abrir as portas”, concluiu o porteiro. Para duas moradoras da rua Sindolfo Montenegro, a mesma de uma das entradas do complexo, e que preferiram não se identificar, a estrutura é a única opção gratuita que os moradores têm para realizar atividades físicas e se distrair. “O problema não é só a questão dos funcionários, mas toda a estrutura que está ficando defasada por culpa dos próprios frequentadores, que ao invés de preservar, acabam destruindo um patrimônio que é de todos”, disse uma das moradoras.
A expectativa é que logo que os salários sejam pagos, os serviços voltem a funcionar normalmente. O diretor do local, Custódio Miranda, informou que os salários deverão ser pagos ainda hoje.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA procurou a Prefeitura Municipal de Campina Grande para falar sobre o assunto, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.
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