CULTURA
Autora pesquisou a mulher paraibana
Autora cita Maria Bonita e Anayde Beiriz como representantes gloriosas deste carisma determinado da paraibana.
Publicado em 31/05/2012 às 6:30
Com extensa bibliografia e um índice onomásico que facilita ao leitor a procura pelas mulheres pesquisadas, Guiadas pela Justiça Movidas pela Fé parte também do estereótipo da 'Paraíba mulher macho' para verificar o que há de pertinente na metáfora de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
"Essa coragem e esse espírito otimista são próprios da mulher paraibana, que é também a 'mulher rendeira' de Zé do Norte, que 'bota fogo no Sertão' porém, ainda assim, faz rendas e é sutil na arte da sedução", diz Fátima Cavalcanti.
Utilizando-se de textos produzidos por Lurdinha Luna e Ana maria Bernardo, a autora cita Maria Bonita e Anayde Beiriz como representantes gloriosas deste carisma determinado da paraibana.
"Do passado remoto, enalteço também Constância Dias, esposa de João Tavares, responsável pela povoação da Vila Nossa Senhora das Neves, origem da capital de nosso Estado; e Cosma Tavares Leitão que, ao lado do seu cônjuge Teodósio de Oliveira Ledo, ajudou a fundar a cidade de Campina Grande".
O passado mais recente também foi apurado para dar um tom mais atual à obra, segundo a autora: "Reverencio as professoras, as jornalistas, aquelas que, através do conhecimento, das Letras e da Comunicação, contribuíram para uma nova visão da mulher na nossa sociedade".
Desta leva, Fátima Cavalcanti destaca Augusta Capistrano, Olivina Olívia Carneiro da Cunha, Eudésia Vieira e Analice Caldas.
"Resolvi, ainda, recorrer ao historiador Joacil de Brito Pereira, trazendo à coleção Daura Santiago Rangel, Carmen Coelho de Miranda Freire, Maria Bronzeado e Rosilda Cartaxo. No grupo destas mestras, ainda acrescentei a Irmã Margarida Coelho Costa".
Além de Joacil de Brito, Juca Pontes e Ângela Bezerra foram, de acordo com Fátima, duas inspirações para a inclusão no livro de figuras como Violeta Formiga, Ignês Mariz e Lourdes Ramalho.
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