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VIDA URBANA

Categorias param atividades em protesto contra a terceirização

Servidores da educação, do comércio e dos correios estão entre as categorias paradas. Uma manifestação vai acontecer no Centro.

Publicado em 29/05/2015 às 8:14

Nesta sexta-feira (29), por causa dos protestos em alusão ao Dia Nacional de Luta e Mobilização, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e que terá manifestações em todo o país, diversas categorias pretendem paralisar as atividades na Grande João Pessoa e em Campina Grande. Servidores federais; professores federais, estaduais e municipais; trabalhadores do comércio; e funcionários dos Correios estão entre as categorias que devem aderir à paralisação.

A mobilização acontecerá no Parque Solon de Lucena, a partir das 9h. Do local, haverá caminhada até a Praça João Pessoa, onde estão localizadas as sedes dos três poderes. Os manifestantes devem cruzar as principais vias do Centro da capital paraibana com cartazes e faixas trazendo reivindicações e também posicionamentos contra o Projeto de Lei 4330/2004, que se encontra em tramitação no Senado.

Conhecida como a 'PL da terceirização', o projeto prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade de determinada empresa, sem estabelecer limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização.

“Toda essa luta e mobilização é articulada com a intenção de pressionar os parlamentares e mostrar para a sociedade que não iremos avançar em nada, se não mostrarmos que estamos fortalecidos e lutando pelos nossos direitos”, explicou o presidente da CUT-PB, Paulo Marcelo.

A expectativa do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (Sintep) é que pelo menos 70% das escolas do Estado fiquem sem funcionar durante todo o dia de hoje. “ A orientação é para que nenhuma escola funcione, mas sabemos que dificilmente a adesão é total. Temos que lutar contra a terceirização, pois isso vai afetar diretamente a Educação”, afirmou o secretário de administração do Sintep, Antônio Arruda.

Os servidores dos Correios vão aproveitar o dia de mobilização para cobrar a contratação de servidores concursados para o órgão. “Nós vamos protocolar um documento no Ministério Público do Trabalho (MPT) solicitando a contratação de carteiros e atendentes”, afirmou o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos da Paraíba (Sintect-PB), Emanuel de Souza. O serviço de distribuição da empresa deve ficar totalmente interrompido nesta sexta-feira.

Em Campina

Dezenas de trabalhadores filiados à representações sindicais de Campina Grande promoveram uma mobilização na manhã dessa sexta-feira (29), no Centro da cidade. O local escolhido para a concentração foi a frente da agência central dos Correios. Após algumas horas promovendo discursos contra a lei da terceirização e as medidas provisórias que interferem no direito dos trabalhadores, os manifestantes saíram em caminhada por algumas vias centrais do município.

Membro da direção do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos da Paraíba (Sinditec-PB), José Cavalcanti, afirmou que as agências da empresa no Estado funcionaram de forma parcial, uma vez que carteiros e trabalhadores da distribuição participaram da mobilização. Ele afirmou ainda que essa luta irá continuar e que outras paralisações deverão acontecer casos essas medidas parem de ser discutidas no Congresso Nacional.

Já um dos representantes da Central Sindical e Popular da Paraíba, Sizenando Leal, disse que essa manifestação é o primeiro passo para que todos os sindicatos do país se concentrem para promover uma greve geral que se confirmada poderá mudar esse cenário de desrespeito ao direito do trabalhador. “Queremos sim reunir todos os trabalhadores do Brasil para mostrar a classe política que estamos unidos contra essas medidas que querem acabar com nossas conquistas. Uma greve geral hoje teria condições de darmos um fim em propostas como essas que são um ataque contra a classe trabalhadora”, afirmou o sindicalista.

Também participaram da mobilização professores da Associação dos Docentes das Universidades Federal de Campina Grande (ADUFCG) e Estadual da Paraíba (ADUEPB), além de funcionários da Prefeitura de Campina Grande e do Governo do Estado. Escolas e creches de Campina Grande funcionaram parcialmente devido a adesão de parte dos trabalhadores do município e do Estado. As secretarias de Educação afirmaram que respeitam a organização dos trabalhadores e que não haverá punição aqueles que não cumpriram com a carga horária de hoje.

Imagem

Jornal da Paraíba

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