VIDA URBANA
Caixas eletrônicos funcionam na greve
Reabastecimento dos caixas eletrônicos, mesmo com a paralisação, está garantido em João Pessoa.
Publicado em 28/09/2011 às 6:30
Apesar da greve dos bancários ter iniciado ontem na Paraíba, a movimentação nas agências foi considerada tranquila. As pessoas que procuraram os bancos em João Pessoa realizaram apenas saques e compensação de cheques.
O reabastecimento dos caixas eletrônicos está garantido durante o período de paralisação. Já os envelopes para depósito em dinheiro ou cheques foram recolhidos pela administração dos bancos.
A agente comunitária de saúde Sônia da Silva, 36 anos, procurou uma agência para sacar dinheiro no caixa eletrônico. Ela contou que não precisa de outro serviço prestado nos bancos.
“Se tivesse que solicitar um dos serviços estaria muito preocupada porque as contas vão começar a ter juros”, comentou.
Já a autônoma Elisângela de Lima Silva, 31 anos, não teve a mesma sorte. Ela precisava de uma fatura do cartão de crédito que é apenas retirada nas agências bancárias.
“O valor que pago é acima de R$ 200,00 e não chega em minha casa através dos Correios. E se foi enviado para minha residência não chegaria por conta da greve dos servidores dos Correios”, relatou.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários, Marcos Henriques, 95% dos quatro mil funcionários na Paraíba aderiram ao movimento da categoria. Ele contou que 3.700 trabalhadores estão em greve e reivindicam reajuste salarial de 12,8%, piso igual ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.297,51), plano de cargos e salários em todos os bancos, gratificação semestral de 1,5 salário, vale-refeição, cesta-alimentação, auxílio creche igual ao salário mínimo e fim do assédio moral e práticas abusivas.
Ainda de acordo com Marcos Henriques, as pessoas podem procurar correspondentes bancários, agências dos correios, lotéricas, Multibank para efetuar pagamentos.
Fenaban
Representante das instituições financeiras nas negociações salariais com os bancários, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) divulgou na última segunda-feira uma nota em que classifica de "fora de propósito" a greve dos bancários.
A Federação destaca sua última proposta, de reajuste de 8% (0,56% de aumento real), e afirma que ela contempla o oitavo ano consecutivo de correção de salário com aumento acima da inflação. O valor, no entanto, frustrou os bancários, que querem ao menos 12,8% de aumento total.
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