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VIDA URBANA

Mineradora registra segunda morte de garimpeiro em uma semana

Dois garimpeiros morreram soterrados em deslizamento de encosta desde sábado (6). Trabalho clandestino e sem equipamentos de segurança tornam atividade perigosa.

Publicado em 12/11/2010 às 11:18

Karoline Zilah

Uma mineradora na cidade de Junco do Seridó, no Sertão paraibano, registrou a segunda morte de um garimpeiro em menos de uma semana. Nesta sexta-feira (12), o trabalhador identificado até o momento apenas como “Totó” morreu soterrado após o deslizamento de uma encosta na Serra de Santana.

O novo acidente preocupou ainda mais os garimpeiros da cidade. Muitos deles trabalham ilegalmente, sem equipamentos de segurança e convivem com o perigo diariamente atuando em valas profundas a céu aberto.

A primeira morte aconteceu no último sábado (6), no sítio Samambaia, tendo como vítima Josemar da Silva, de 33 anos. Dias antes, ele já havia sofrido dois acidentes, até que acabou ficando soterrado numa "bancada", da mesma foram como morreu o outro trabalhador hoje. As duas vítimas atuavam clandestinamente na região terceirizando serviços para empresários.

Em contato com o Paraíba1, a representante da Cooperativa a dos Mineradores do Seridó (Cooperjunco), Aparecida Batista Lima, disse que os garimpeiros ilegais da região estão sofrendo uma série de acidentes, alguns culminando em mortes, devido às irregularidades na extração mineral.

Segundo ela, a cooperativa solicitou a legalização destas mineradoras ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Ministério de Minas e Energia. O objetivo é regularizar a atividade e deixá-las sob responsabilidade da Cooperjunco para que o serviço dos clandestinos seja profissionalizado. “Através do trabalho organizado da cooperativa, será possível fazer um projeto de readequação dos garimpeiros, adquirir maquinário, equipamentos de segurança e educá-los, para que eles não corram mais riscos”, comentou.

“A burocracia é grande. Enquanto o DNPM não resolve a situação das mineradoras ilegais, os garimpeiros morrem. Além disso, como eles trabalham por conta própria sem vínculo com os empresários, suas famílias ficam desamparadas sem direito a seguro de vida”, alertou.

De acordo com informações da cooperativa, o setor de mineração emprega na informalidade cerca de 40% da mão de obra do município de Junco do Seridó.

Segundo reportagem publicada esta semana no Jornal da Paraíba, somente este ano o DNPM encaminhou pelo menos 30 procedimentos ao Ministério Público Federal (MPF), solicitando apuração de irregularidades na exploração da atividade.

Imagem

Jornal da Paraíba

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