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POLÍTICA

Ricardo tenta contrair empréstimo de R$ 350 mi para adutora em Piancó

Tesouro deve revisar rebaixamento da nota até a 2ª quinzena de fevereiro. 

Publicado em 03/02/2017 às 15:59

O governador Ricardo Coutinho (PSB) apelou para a repercussão positiva que a chegada das águas do rio São Francisco à Paraíba deve trazer para tentar convencer o governo do presidente Michel Temer (PMDB) a rever o rebaixamento da nota pela Secretaria do Tesouro Nacional. A expectativa do secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Waldson de Souza, é que a análise da documentação que foi apresentada na última terça-feira (31) ao técnicos do Tesouro seja apresentada no máximo na segunda quinzena de fevereiro.

Com a baixa classificação de “bom pagador”, de B- para C+, o estado está impossibilitado de contrair empréstimos e financiamentos junto a bancos nacionais e internacionais. “Estamos confiantes que fizemos o dever de casa e o Tesouro vai fazer uma análise técnica para aferir que estamos com as contas equilibradas e aptos a contrair empréstimos”, comentou Waldson de Souza.

Uma das propostas do governador do estado é tomar para si parte do projeto de canalização das água do 'Velho Chico' para a região do Curimataú paraibano, uma das mais afetadas pela estiagem nos últimos anos. Em sua mensagem à Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (2), Ricardo Coutinho disse que tem um pedido de empréstimo de R$ 350 milhões em processo de análise pelo Tesouro Nacional que poderia ser utilizado para a construção do sistema adutor da Borborema. “Eu como governador me proponho que o estado faça isso, até através de financiamento”, ressaltou.

O sistema seria uma continuação do terceiro eixo do rio São Francisco, que entraria na Paraíba pelo município de Maruti, no Ceará, chegando ao açude de Condado, em Conceição, e de lá para Piancó, o que, segundo o governador, resolver o problema de abastecimento do manancial de Coremas Mãe-D'água. “Nós não podemos fazer porque 80% é em outro estado, mas o sistema adutor basta o governo federal reconhecer os indicadores econômicos e fiscais, porque eles existem e são reais, e nos dê a capacidade e condição de poder contrair financiamento”, completou.

Ricardo destacou, ainda, que a Paraíba vive o melhor momento em termos do equilíbrio da dívida pública e a Receita Corrente Líquida (RCL). O governador, no entanto, revelou também que os infvestimentos realizados pelo governo do estado em 2016 corresponderam apenas a duas folhas de pagamento.

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Jornal da Paraíba

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