Manifestação contra a cultura do estupro acontece na Orla de João Pessoa

Um ato contra a cultura do estupro está marcado para acontecer nesta quarta-feira (1º) às 18h, no Busto de Tamandaré, na Orla de João Pessoa. O protesto foi convocado através da criação de um evento em uma rede social, e grupo de ativistas e movimentos de mulheres fomentaram a divulgação do ato. Até o momento da publicação desta matéria, são mais de 2.300 pessoas confirmadas no evento criado.

De acordo com Luíza Oliveira, uma das organizadoras do evento, a ato vai contar o relato de casos, panfletagem, performances teatrais encenando a violência sexual, cartazes e faixas de protesto, e também a apresentação de poemas sobre o assunto.

O evento conta com o apoio da Frente Brasil Popular, Cunhã Coletivo Feminista, Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB), Associação de Serviço Social, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Frente Feminista da UFPB e do Movimento As Mulheres Ocupam Tudo.

Gilberta Soares, Secretária da Mulher do Estado, informou que haverá distribuição de panfletos com telefones das 12 delegacias especializadas, os números de disque denúncia em cas de estupro - 180 e 197, e também vai instalar uma delegacia móvel no local do ato. Delegadas, escrivães e profissionais de saúde estarão presentes no evento.

Está sendo combinado que durante o ato haja um momento simbólico com velas, para representar os casos de estupro que acontecem na Paraíba e no Brasil. “Vai ser uma vigília. Um momento de silêncio em representação aos casos que acontecem devido a cultura do estupro”, disse Luíza.

Estupro coletivo

As causas contra a cultura do estupro tomaram notoriedade devido ao caso de estupro coletivo a uma jovem de 16 anos em um morro do Rio de Janeiro. O vídeo da jovem dopada e seminua após manter relações sexuais com 30 homens - como dito no vídeo - foi divulgado nas redes sociais e chocou a população brasileira. A causa está mobilizando a internet brasileira, e levantando debates sobre o assunto.

Na última terça-feira (31), duas mulheres foram vítimas de tentativa de estupro na Zona Rural de Remígio, no Agreste paraibano. Para atuar no enfrentamento aos crimes sexuais, estudantes do IFPB criaram um aplicativo que mapeia casos de assédio sexual para auxiliar no combate a esse tipo de crime.