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POLÍTICA

CPI dos Outdoors começa a escutar testemunhas

Servidor público, Jair Soares, foi o primeiro depoente da tarde e informou à CPI  que a campanha foi financiada por lideranças comunitárias da Zona Sul.

Publicado em 17/10/2011 às 18:44

A CPI dos Outdoors iniciou na tarde desta segunda-feira (17) a ouvir testemunhas do processo que envolveu a exibição, em outdoors, da imagem de deputados que votaram contra o projeto do governo que versa sobre a permuta do terreno da Acadepol. Os Outdoors foram espalhados pela cidade de João Pessoa. O servidor público Jair Soares, apontado coordenador do Fórum de Defesa do Desenvolvimento da Zona Sul, foi o primeiro depoente da tarde e informou à CPI que a campanha foi financiada por lideranças comunitárias da Zona Sul.

Ao final do depoimento, Jair Soares se comprometeu em entregar a lista com os nomes dos doadores dentro de um prazo de 24 horas. Ele acrescentou que simpatizantes da “luta” em favor do desenvolvimento da área urbana em questão, a exemplo de comerciantes e autônomos, também contribuíram financeiramente para campanha. “Não temos nada a esconder. Por isso, me comprometi em entregar a lista das pessoas que financiaram da campanha publicitária, feita através de outdoors”, afirmou.

Os outdoors custaram R$ 18.200,00 e a forma de pagamento foi em 4 parcelas, sendo a primeira efetuada em dinheiro, no dia da assinatura do contrato, no dia 16 de agosto. A data das demais parcelas serão conhecidas em 48 horas, quando Jair Soares irá também entregar os depósitos bancários, feitos todos no Banco do Brasil, praça 1817, no Centro da capital.

A CPI também ouviu Pedro Paulo Araújo Peixoto, Bento Pinheiro, Abimadabe Vieira e Edson Cruz, todos membros do Fórum de Defesa do Desenvolvimento da Zona Sul de João Pessoa. Todos os depoentes confirmaram que fizeram doações e que Jair Soares era quem arrecadava os recursos financeiros.

Durante a reunião da CPI, o deputado João Gonçalves (PSDB) disse que a Comissão nasceu viciada por ser dirigida apenas por membros da Oposição. Ele também pediu para retirar da ata a informação que dá conta de que ele e Tião Gomes teriam abandonado o plenário, por ocasião da instalação da CPI. “Quero que fique registrado em ata que nós, eu e o colega Tião Gomes, não abandonamos o plenário com o objetivo de não participar da instalação da Comissão. Na verdade, decidir sair porque a reunião só foi iniciada às dezesseis horas, com uma hora de atraso”, lembrou.

O deputado André Gadelha (PMDB), disse que a questão levantada pelo deputado João Gonçalves chegou fora de hora, uma vez que já foi discutido na primeira reunião da CPI, realizada na segunda-feira (10). “A CPI já foi instalada e a questão levantada pelo deputado João Gonçalves já é ponto vencido”, assegurou.

André Gadelha informou também que as pessoas que foram escutadas na tarde desta segunda-feira poderão ser novamente convocados, caso aos membros da CPI assim decidam.

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Jornal da Paraíba

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