icon search
icon search
home icon Home > política
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

POLÍTICA

Assembleia da Paraíba aprova LOA, mas não sepulta o TCM

O Plano Plurianual sofreu alterações para incluir a criação do Tribunal de Contas dos Municípios.

Publicado em 18/12/2015 às 7:49

Antes de oficializar o recesso parlamentar até o próximo dia 6 de fevereiro, os deputados estaduais aprovaram ontem, por maioria, na Assembleia Legislativa, o Plano Plurianual para o exercício 2016-2019, com uma emenda que abre a possibilidade de criação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) na Paraíba. A Lei Orçamentária Anual (LOA) 2016, além de uma série de vetos e matérias foram aprovadas durante uma extensa sessão, que foi iniciada pela manhã e se estendeu até o fim da tarde.

A possibilidade de criação do TCM iria ser apresentada através de um projeto de lei do Executivo pedindo alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), já aprovada no meio do ano. O governo acabou recuando e mudou a estratégia para a apresentação de uma emenda posta pela bancada do PSB ao PPA. A proposta foi apreciada primeiro pela manhã, na Comissão de Orçamento, mas foi rejeitada por 4 votos a 3.

Ao iniciar a votação do PPA, já à tarde, o deputado Buba Germano (PSB) requereu verbalmente, se valendo do art. 225, §3º, do regimento interno, a reapreciação da emenda, que acabou aprovada com 16 votos a 11, inclusive com o voto do presidente da Casa, Adriano Galdino (PSB), que fez questão de passar a condução dos trabalhos da Mesa a Ricardo Barbosa (PSB) para que pudesse votar.

A votação da inclusão do TCM na lei, no entanto, ocorreu debaixo de muito bate-boca entre as alas contrárias e favor à matéria. A discussão teve seu ponto alto após a fala do deputado Jeová Campos (PSB), que revelou que a instalação é uma disputa de poder político travada entre o governador Ricardo Coutinho (PSB) e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Arthur Cunha Lima, parente do seu maior rival político, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB). “Eu sou um homem de partido e como homem de partido não me escondo. Estou aqui reverenciando o meu partido e o governador Ricardo, que me disse que não dá mais para aguentar a forma como esse tribunal (de Contas) tem agido”, comentou.

A declaração causou repúdio do líder da oposição, Renato Gadelha (PSC), que criticou a manobra dos socialistas em criar um novo tribunal apenas para afrontar o senador tucano. “Quando Cássio Cunha Lima (então governador) tentou implantar o TCM, o senhor era deputado e se posicionou totalmente contra. “O TCM só interessa a quem vai ser beneficiário”, questionou a Jeová, defendido pelo petista Anísio Maia, que fez duras críticas ao TCE.

Filho do presidente do TCE, o deputado Arthur, se absteve de votar, assim como Janduhy Carneiro. Já Arnaldo Monteiro (PSC), Caio Roberto (PR) e Ricardo Marcelo (PEN) faltaram à sessão, enquanto Daniella Ribeiro (PP), José Aldemir (PEN) e Jutay Menezes (PRB) não estavam presentes no momento da votação.

No olho do furacão

Foi tensa a aprovação do Plano Plurianual do Estado da Paraíba para o período 2016-2019. Ele é o mecanismo que, a partir de diagnósticos, estudos prospectivos e demandas sociais, orienta as escolhas de políticas públicas e enseja o exercício da democracia participativa. Após bate-boca, os governistas conseguiram incluir a possibilidade de instalação do TCM nos próximos quatro anos.

Com um valor de R$ 12,1 bilhões, a Lei Orçamentária Anual de 2016 da Paraíba foi aprovada sem questionamentos. O relator da peça orçamentária, Buba Germano, destacou que o diferencial desta lei é o respeito aos duodécimos dos poderes.

Futuro do TCM

Com a brecha no PPA, a expectativa dos deputados governistas que defendem a criação do novo tribunal é que o governador encaminhe a proposta de emenda à Constituição já no próximo ano. De qualquer forma, a janela está aberta.

Um deputado que vale por dois

Na briga pela criação do TCM, o governo ganhou mais uma. A Assembleia aprovou ontem um Projeto de Resolução de autoria da Mesa Diretora que dá ao presidente da Casa direito a voto em todas as matérias. Pelo Regimento Interno atual, o presidente só pode votar em caso de empate. O deputado Adriano Galdino argumentou que, em tempo de transparência, seus eleitores têm direito de saber qual é o seu posicionamento diante dos assuntos que tramitam na Casa.

O projeto provocou discussão entre as duas bancadas. O líder da oposição, Renato Gadelha, chegou a se retirar do Plenário. “Trata-se de um casuísmo sem precedente. Nós sabemos o que está por trás disso”, disse. O líder se referiu às articulações governistas para conseguir mais votos para aprovar a PEC do TCM. Embora o governo tenha o apoio de 22 deputados – o suficiente para aprovar o TCM – a bancada não é unânime sobre o assunto, além disso, pelas regras atuais, o presidente só pode votar em caso de desempate. “Hoje eu estou vendo boi voar aqui. Não posso admitir isso e vou me retirar do Plenário”, disse Gadelha.

A oposição deve judicializar a votação. “É descabido. Uma péssima inovação para o ordenamento jurídico das casas legislativas. Quando tenho dito que o governo tem feito vaca voar aqui, é porque você está conseguindo enxergar e está se fazendo criar algumas coisas que são inimagináveis”, disse Bruno Cunha Lima (PSDB). “Infelizmente a condução da Casa tem nos dado diariamente pauta para judicializar o trabalho legislativo e é isso que nós vamos fazer, porque se a Casa não tem postura para fazer valer a sua lei, que é o Regimento Interno, nós teremos que recorrer a outro Poder para que faça a intermediação”, acrescentou.

Discussões embalam as votações

No apagar das luzes, os deputados também aprovaram a criação de um Fundo de Reserva dos Depósitos Judiciais e o Programa de Intercâmbio Internacional – Gira Mundo. Os deputados também autorizaram o Executivo a firmar Contrato de Concessão de Colaboração Financeira Não Reembolsável junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) até o limite de R$ 45 milhões a serem aplicados na execução do Cadastramento Ambiental Rural (CAR).

A Mesa incluiu na pauta a mensagem do governo que altera a redação da Lei 7.517/2013 e trata dos fundos de pensão. A mudança permite a transferência de recursos entre os Fundos Previdenciários Capitalizados e Financeiros na hipótese do Produto Interno Bruto ser negativo.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp