COTIDIANO
Brasil e Suécia se unem para reduzir pobreza
Acordo firmado entre os dois países, destina-se a promoção de ações que levem à redução da pobreza nos países em desenvolvimento.
Publicado em 29/08/2012 às 6:00
Os governos do Brasil e da Suécia firmaram ontem acordo, denominado Memorando de Entendimento sobre Parceria e Diálogo para o Desenvolvimento Global, destinado a promover ações que levem à redução da pobreza em países em desenvolvimento. O acordo foi assinado em Estocolmo (capital sueca), entre o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e autoridades suecas. As informações são da Agência Brasil.
Patriota se reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Suécia (o equivalente a Relações Exteriores no Brasil), Carl Bildt, e o da Cooperação para o Desenvolvimento, Gunilla Carlsson.
Na pauta estava a análise dos desdobramentos da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), questões de paz e segurança internacionais e direitos humanos.
Nos últimos cinco anos, o intercâmbio comercial entre o Brasil e a Suécia registrou crescimento médio de 8,1%. Em 2011, o fluxo de comércio superou US$ 2,7 bilhões, registrando aumento de 30,5% em comparação a 2010. De 2001 e 2011, os investimentos suecos no Brasil somaram cerca de US$ 1,1 bilhão.
Na última segunda-feira, Patriota esteve na França, onde conversou com o ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, que confirmou o apoio do governo francês à campanha do Brasil em favor da reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), assim como à candidatura brasileira.
O Conselho de Segurança da ONU é formado por 15 integrantes, dos quais apenas cinco têm assentos permanentes: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Os demais lugares são rotativos e ocupados pelo país por dois anos. O governo brasileiro defende a ampliação para pelo menos 25 vagas no total.
Na reunião, Patriota e Fabius conversaram também sobre a onda de violência na Síria, a crise econômica internacional e o impasse envolvendo o Irã, além de ações estratégicas de proteção e de desenvolvimento na região de fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa e a cooperação em educação, ciência e tecnologia e energia.
No cenário internacional, a França e o Brasil coincidem em algumas posições. Os dois governos defendem a busca pelo diálogo e medidas pacíficas como solução para impasses.
Patriota e Fabius reiteraram a necessidade de um cessar-fogo imediato na Síria, onde os conflitos ocorrem há 17 meses e mais de 20 mil pessoas morreram. A oposição exige uma transição política no país e não aceita o atual governo.
Patriota fica hoje na Suécia. Depois, segue para o Senegal (África) e El Salvador (América Central), onde participa da reunião da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal).
Comentários