COTIDIANO
Corpo do cabo da PB que morreu em treinamento será exumado
Decisão do juiz Antônio Carneiro de Paiva Júnior foi comunicada no sábado à Secretaria de Segurança. Curso do Gate foi suspenso após morte do cabo
Publicado em 03/04/2016 às 8:29
O corpo do cabo Heide Carlos Gomes Prazeres, de 35 anos, que morreu na última terça-feira (29) após passar mal durante um treinamento para ingressar no Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar, deverá ser exumado na segunda-feira (4). A medida será tomada em cumprimento a uma determinação do juiz Antonio Carneiro de Paiva Júnior.
Na determinação, o juiz detalhou que um pedido da família motivou a decisão. Além da exumação, que deverá ser feita em até 48 horas pelo Departamento de Medicina Legal, sob pena de multa de R$ 1 mil por dia, o magistrado requereu ainda a instauração de um inquérito para apurar as circunstâncias da morte.
De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, João Alves, a exumação ocorrerá na segunda-feira e o caso será investigado por parte da Delegacia de Homicídios da Capital.
Também na decisão, o juiz tereminou a suspensão das atividades do curso do Gate, contudo, segundo o major Ferreira, comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), as atividades já tinham sido suspensas desde a morte do cabo.
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A reportagem entrou em contato com o gerente do Instituto Médico Legal, Fábio Fabres, para saber o horário da exumação, contudo o gerente informou que o IML ainda não foi oficializado da decisão. Segundo Fabres, apenas após o comunicado oficial é que será contado o prazo de 48h. "A exumação não é um procedimento de urgência. E, da mesma forma, nós precisamos primeiro preparar a equipe, tendo em vista que esse é um dos procedimentos que exige a maior quantidade de pessoal", explicou.
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RELEMBRE O CASO
O cabo da PM Heide Carlos Gomes Prazeres, de 35 anos morreu depois de ser internado por passar mal durante um treinamento para ingressar no Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE). Segundo informações da PM, o cabo participava de uma prova física, quando desmaiou ao correr cerca de 4 km na BR-230. Ele precisou ser levado para o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa. Após ser atendido, Heide Carlos passou por procedimentos médicos, mas teve uma paralisia nos rins e uma parada cardiorrespiratória.
** Matéria atualizada às 9h50 com informações do IML.
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