VIDA URBANA
Açudes da bacia do rio Paraíba preocupam
Afluentes e açudes que estão no curso do Rio Paraíba, e formam a segunda maior bacia do estado, estão em situação preocupante.
Publicado em 21/04/2015 às 6:00 | Atualizado em 14/02/2024 às 13:37
Catorze, dos 24 açudes que integram a bacia hidrográfica do rio Paraíba estão em estado de observação ou situação crítica, segundo dados da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa). Abrangendo 38% do território paraibano, a bacia perpassa 85 municípios e é considerada a segunda maior do Estado. Vários afluentes e açudes que estão no curso do rio estão em situação preocupante e a escassez de chuvas parece não melhorar o cenário.
Na região do alto curso do rio Paraíba, por exemplo, os açudes somam apenas 17,5 de sua capacidade total de armazenamento. Os reservatórios de Pocinhos, Poções e Serrote, no município de Monteiro, Ouro Velho e Prata II, estão com menos de 5% de sua capacidade. Já os açudes Bichinho, Campos, Cordeiro, São Paulo, Sumé e Santo Antônio estão em situação de alerta.
Ainda na região do alto curso, os mananciais de Camalaú, Epitácio Pessoa (Boqueirão), São Domingos e São José II apresentam uma situação um pouco mais positiva. Da relação, o melhor quadro é o do açude São José II, que fica na cidade de Monteiro, que está atualmente com 76,4% da sua capacidade total. Já o açude Serrote, também em Monteiro e Ouro Velho, na cidade de mesmo nome, estão com 0%, segundo os dados da Aesa.
O Epitácio Pessoa, em Boqueirão, é um dos reservatórios mais importantes da região, pois está localizado exatamente no curso do rio, recebendo água de todos os afluentes, disse o presidente da Aesa, João Fernandes. No entanto, nos dias, o volume do manancial só apresenta perdas. O açude de Boqueirão estava, até o último dia 17, com apenas 20,2% da sua capacidade de armazenamento.
Descendo a cabeceira da bacia, na região do médio curso do rio, ficam os mananciais Riacho de Santo Antônio e Milhã, que também estão com 0%, conforme a agência, Acauã, Gavião e José Rodrigues, esse último localizado na Distrito de Galante, em Campina Grande, com 55,4% de seu volume total. A melhor situação da bacia do Paraíba está à altura do baixo curso, onde o armazenamento dos reservatórios soma 79,1% do total. Na região, estão localizados os açudes Chã dos Pereiras, em Ingá (24,1%), São Salvador, em Sapé (85%), Olho d'Água, em Mari (98,1%) e Marés, em João Pessoa (87%).
O presidente da Aesa, João Fernandes, avaliou a situação da bacia. “A bacia hidrográfica do Rio Paraíba é extensa e tem vários afluentes, barragens, açudes e outros reservatórios em seu curso. Não estamos em uma situação péssima, nem tampouco boa. Mas a perspectiva é que até o final de maio, que é o período de chuvas do alto curso, o volume dos reservatórios que recebem água do rio, melhorem”, destacou.
EM OBSERVAÇÃO: ABAIXO DE 20% DO VOLUME TOTAL
AÇUDE | VOLUME | CIDADE |
Bichinho | 5,3% | Barra de São Miguel |
Campos | 8,7% | Caraúbas |
Cordeiro | 5,3% | Congo |
São Paulo | 15,6% | Prata |
Sumé | 19,4% | Sumé |
Santo Antônio | 10,9% | São Sebastião do Umbuzeiro |
Acauã (Argemiro de Figueiredo) | 17,8% | Itatuba |
EM SITUAÇÃO CRÍTICA: ABAIXO DE 5% DO VOLUME TOTAL
AÇUDE | VOLUME | CIDADE |
Pocinhos | 0,2% | Monteiro |
Poções | 3,5% | Monteiro |
Serrote | 0,0% | Monteiro |
Ouro Velho | 0,0% | Ouro Velho |
Prata II | 0,1% | Prata |
Milhã | 0,0% | Puxinanã |
Riacho de Santo Antônio | 0,0% | Riacho de Santo Antônio |
Fonte: Aesa
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