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VIDA URBANA

Trauma atende uma vítima de acidente de bicicleta por dia

Segundo o hospital, em JP, média é dos dois primeiros meses do ano, quando 69 pessoas deram entrada na unidade.

Publicado em 26/05/2015 às 6:00 | Atualizado em 08/02/2024 às 18:54

Este ano, por dia, mais de uma pessoa deu entrada no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena de João Pessoa, em decorrência de acidentes de trânsito envolvendo bicicletas. Segundo dados do hospital, nos dois primeiros meses deste ano, 69 pessoas foram internadas após se acidentarem com bicicletas, uma média de 1,1 internações por dia. No ano passado, foram 555 internações.

Os dados do Trauma são reforçados pela média semanal de ciclistas acidentados, que fica entre 7 a 8, segundo dados do Pedal Jampa, grupo que reúne mais de 20 ciclistas da Grande João Pessoa e faz levantamentos semanais dos acidentes de trânsito com ciclistas.

Como exemplo dos perigos no trânsito para os ciclistas, na manhã do último sábado, o médico Vinicius Souza de Lucena colidiu com um motociclista em uma ciclofaixa na avenida Argemiro de Figueiredo, no Bessa. Um motociclista invadiu a faixa reservada para a prática de ciclismo e se chocou de frente contra o ciclista, que vinha no sentido contrário. O jovem que pilotava a moto apresentava sinais de embriaguez.

Segundo o organizador do Pedal Jampa, André Nascimento, a média mensal de acidentes de trânsito com ciclistas registrados este ano é de 7 a 8. Número menor que a média do ano passado, que no mesmo período era de 14 a 15.

"Acompanhamos os acidentes e contabilizamos o período que vai de segunda a domingo. Houve uma redução se comparado a esse ano, porém ainda é um número muito alto, pois em uma semana pelo menos sete ciclistas se acidentam. Existe falta de conscientização tanto dos motoristas de veículos como dos próprios ciclistas", pontuou André.

Conforme o líder do Pedal Jampa, a capital conta com mais de 35 grupos fixos de pedal. Pessoas que usam a bicicleta como meio de transporte e também de lazer. "Os bicicleteiros são os que usam bicicleta com transporte de casa ao trabalho. Já os ciclistas são as pessoas que utilizam o meio apenas para lazer. Os acidentes acontecem em sua maioria com os bicicleteiros, pois são aqueles que usam com mais frequência, e geralmente não utilizam sinalização e equipamentos de segurança", revelou.

Por sua vez, os ciclistas reclamam da falta de ciclofaixas, da manutenção das que já existem na cidade e da imprudência dos motoristas. Esse é o caso do educador físico Afonso Alef, 35 anos, que utiliza todos os dias a bicicleta para percorrer trechos que passam pelos bairros das Indústrias, Bessa, Tambaú e Manaíra.

"Por lei, deveriam ficar um metro e meio de distância, mas todos os dias os carros passam por mim com apenas 50 centímetros de distância, parece até que competem para ver quem derruba o ciclista primeiro. Além disso, o poder público não faz a manutenção dos poucos trechos de ciclovia da cidade. Muitos servem de estacionamento, com carros atravessados, lixo, entulhos. ", mencionou.

O jardineiro José Macedo teme ao ter que ir de bicicleta da avenida Tancredo Neves ao bairro de Intermares, em Cabedelo. "É complicado pois preciso trabalhar, esse é meu único meio de transporte e temo ao atravessar. Os motoristas não param, mesmo que tenha faixas de pedestres. Não deixam espaço para gente transitar e vivem tirando raspão", denunciou.

BPTRAN E SEMOB
Para o comandante do Batalhão de Trânsito da Paraíba (BPTran-PB), tenente coronel Almeida Martins, é importante que os órgãos de trânsito estreitem relação com os grupos de pedais e demais ciclistas. Através de ações de prevenção, enfatizando o uso do capacete e de todos os equipamentos de segurança.

"Ressalto que 90% dos ciclistas não andam com capacete. Nossa meta é diminuir o número de acidentes e principalmente o risco de óbito. Na próxima sexta-feira, iremos nos reunir com todos os representantes dos grupos de pedais para elaborar ações coletivas e pontuais em vários locais da capital, para conscientizar os motoristas e prevenir os ciclistas", esclareceu.

De acordo com a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob-JP), a malha cicloviária de João Pessoa, que inclui ciclofaixas e ciclovias, tem em média 51 quilômetros de extensão. O órgão está realizando estudos para realizar a ampliação para 100 quilômetros da malha cicloviária. No próximo mês, a sinalização das ciclovias será revitalizada, nos bairros de Mangabeira e Valentina Figueiredo. Para evitar que motoristas e motociclistas transitem ou estacionem nas ciclovias.

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Jornal da Paraíba

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