Custando R$ 500 mi por ano, transposição vai ser terceirizada

O Ministério da Integração Nacional confirmou nesta sexta-feira (1º) que está estudando uma possibilidade de terceirizar a gestão do projeto de Transposição das Águas do Rio São Francisco a partir de 2018. A ideia é realizar uma parceria com a iniciativa privada para reduzir os custos de operação do projeto, que atualmente são de aproximadamente R$ 500 milhões por ano e estão sendo bancados pelo Governo Federal.

O estudo sobre a viabilidade da terceirização está sendo conduzido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e deverá ser concluído no primeiro semestre do ano que vem. O Ministério da Integração nega que essa parceira seja uma forma de privatização das águas do São Francisco. Segundo a assessoria do órgão, se houver ganhos nessa parceria, os valores serão repassados aos consumidores de água dos quatro estados atendidos pelo projeto.

O Projeto de Integração do Rio São Francisco é composto por dois eixos: Leste e Norte. Com 217 quilômetros de canais, o Eixo Leste foi inaugurado em março de 2017 para garantir abastecimento a cerca de 4,5 milhões de pessoas em 168 municípios nos estados de Pernambuco e da Paraíba. De acordo com o Ministério, esse braço já abastecimento a quase 1 milhão de habitantes em 31 municípios.

O Eixo Norte é composto por três etapas e vai beneficiar 7,1 milhões de pessoas, em 223 cidades, incluindo a região metropolitana de Fortaleza. A previsão é de que a água chegue ao Ceará no primeiro trimestre de 2018 e à capital do estado até o fim do segundo trimestre. As etapas 2N e 3N estão com 99,5% e 98,40% de execução respectivamente. A etapa 1N, que havia sido interrompida em decorrência da paralisação do serviço prestado pela empresa responsável pela obra, foi licitada, retomada e está em pleno andamento, apresentando 92,47% de execução física.