VIDA URBANA
Formação educacional é possível
Publicado em 20/11/2011 às 8:00
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Apesar de ser mais demorado, é possível alfabetizar crianças com dislexia. Quem garante é o psicólogo Lupércio Romio Filho, vice-diretor do colégio Marista, uma das poucas instituições de João Pessoa que dispõem de estrutura para atender alunos com o transtorno.
Dos quase 1.500 alunos matriculados na escola, três são dislexos. Apesar disso, todos sabem ler e escrever e conseguem a aprovação escolar a cada final de ano. “As crianças não ficam separadas. Estudam com os demais alunos, mas recebem atenção diferenciada. Também são acompanhadas pelos psicólogos. Professores recebem treinamento para identificar os sintomas em sala e orientar os pais”, comenta o vice-diretor.
Apesar de constar na Classificação Internacional de Doenças como transtorno específico do desenvolvimento das habilidades escolares, a dislexia não tem cura. O tratamento é feito com acompanhamento de psicopedagogos, fonoaudiólogos e até psicoterapeutas, mas não há uso de remédios no processo.
“A dislexia não é deficiência mental. É uma dificuldade a ser vencida. A criança tem de ser ensinada do modo como ela aprende e não do modo como se pretende ensiná-la. O disléxico geralmente tem um grau de inteligência na média ou acima da média, mas processa a compreensão na leitura e escrita de forma diferente”, diz a pscicopedagoga Áurea Maria.
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