VIDA URBANA
Avanço de sinal vermelho lidera ranking de infrações no trânsito
Além de ser a infração mais comum na cidade, o avanço de sinal vermelho é uma das irregularidades que resultam em maiores danos para os infratores.
Publicado em 24/05/2009 às 8:38
Tiago França
Do Jornal da Paraíba
O avanço do sinal vermelho é, dentre a diversidade de infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro, a recordista de multas dos motoristas que trafegam diariamente pelas ruas de Campina Grande, segundo dados da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP). Além de ser a infração mais comum na cidade, o avanço de sinal vermelho é uma das irregularidades que resultam em maiores danos para os infratores. A legislação prevê para esse tipo de imprudência uma multa de R$ 191,54, e, por ser considerada infração gravíssima, o motorista pode perder sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Dentre as localidades de Campina Grande que são registradas mais multas por avanço de sinal vermelho, se destacam os cruzamentos das ruas Getúlio Cavalcanti com Aprígio Nepomuceno (no bairro Jardim Paulistano), e avenida Canal com a rua Santo Antônio (no bairro Santo Antônio). Apesar de dizer qual a irregularidade mais frequente entre os campinenses, a STTP não forneceu a média de multas expedidas pelo órgão anualmente.
Segue no ‘ranking’ das irregularidades de trânsito mais cometidas entre os motoristas da Rainha da Borborema, as seguintes infrações: estacionamento em fila dupla, dirigir falando ao celular, não utilização do cinto de segurança e velocidade acima do permitido.
A assistente social Magda Amélia Ramos Silva, de 31 anos, reclama que, em menos de cinco meses, chegaram três multas em sua residência. Uma delas foi por atender o celular e as outras duas por ultrapassar a velocidade permitida em duas ‘lombadas eletrônicas’ (redutores de velocidade) da cidade - uma na rua Aprígio Veloso (em Bodocongó) e a outra na Francisco Lopes de Almeida (no Cruzeiro).
Com relação à irregularidade de dirigir falando ao celular (que prevê uma multa de R$ 85,13, e quatro pontos na carteira), Magda denuncia que “a STTP não deu um prazo para que eu recorresse da multa, como prevê o Código de Trânsito Brasileiro”.
Quanto às infrações ocorridas nos redutores de velocidade, a assistente social diz que não se recorda de “ter passado com alta velocidade em nenhum dos dois”.
“Às vezes, em determinados horários, somos obrigados a não passar tão devagar nas lombadas eletrônicas, por causa dos assaltos. Mas, mesmo assim, nunca passo com mais de 40 km/h, e já me chagaram duas multas nesse sentido. Em uma delas, inclusive, consta que eu passei com 80 km/h. Essa velocidade dentro da cidade é praticamente impossível de ser praticada”, relatou.
Já a contadora Ana Maria Freire contesta uma multa recebida por ela no ano passado. Ana alega que trabalhava em João Pessoa quando chegou em sua residência uma multa por dirigir sem cinto de segurança, em Campina Grande.“Eu trabalhava na capital no dia em que supostamente cometi essa infração. Dei entrada no recurso, na STTP, apresentando provas de que estava fora de Campina Grande naquele dia e hora. Inexplicavelmente, o recurso foi negado”, afirmou.
O superintendente da STTP, Derlópidas Neves, disse que “o objetivo do órgão é facilitar o trânsito campinense e notificar todas as infrações cometidas, para que os motoristas não cometam irregularidades com tanta frequência”.Ainda segundo Derlópidas, no caso das lombadas eletrônicas, “elas têm horário de funcionamento, e os mesmos, devem ser respeitados”. Os redutores de velocidade funcionam das 6h às 22h.
Comentários