CULTURA
Homenagens pelos 90 anos de Ariano Suassuna começam nesta segunda
Um dos destaques da programação é a entrega de medalha a Zélia Suassuna.
Publicado em 12/06/2017 às 9:49
O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) inicia nesta segunda-feira (12) uma série de atividades culturais para marcar a passagem dos 90 anos do escritor paraibano Ariano Suassuna. Dentre os destaques da programação está a entrega da medalha Cunha Pedrosa, mais alta condecoração do TCE, a Zélia Suassuna, viúva do escritor. A solenidade de abertura será realizada às 16h, no Centro Cultural do TCE que leva o nome do homenageado, que faria o aniversário na próxima sexta-feira (16).
O evento contará com a participação do conselheiro aposentado Marcos Ubiratan, seguido de concerto do Coral do TCE. Depois, o sobrinho de Ariano, João Urbano Suassuna falará em nome da família. A programação contempla, na sequência, apresentações de “causos” de Ariano, do Grupo Armorial Motiva e do Grupo de Dança Capitão Jesuíno, pertencente ao Colégio Marista Pio X. O primeiro dia encerra com abertura de uma exposição sobre o escritor.
Nesta terça-feira (13), a programação segue com o escritor e dramaturgo Tarcísio Pereira que vai apresentar um monólogo com texto do poeta e editor Juca Pontes, inspirado em personagens de Ariano Suassuna. E, para encerrar, o Grupo Teatro Experimental de Arte, do Recife (PE), apresenta o espetáculo ‘O Auto da Compadecida”.
Vida e Obra
Ariano Suassuna morreu no Recife (PE), em 23 de julho de 2014, vítima de AVC (Acidente Vascular Cerebral). Duas semanas antes – primeiro no teatro Castro Alves, em Salvador, e depois no teatro Luis Souto Dourado, durante o Festival de Inverno de Garanhuns-, ele deu suas últimas aulas-espetáculo, a forma que adotou para exaltar o legado da cultura popular brasileira, e para contar causos e piadas.
“Uma mulher vestida de sol” foi a primeira peça do escritor e ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno, em 1948. A peça “O Auto da Compadecida” foi escrita em 1955, cinco anos depois de Ariano se formar em Direito, e é considerada a mais famosa dele, devido às diversas adaptações. O cineasta Guel Arraes levou o “Auto” à TV e ao cinema em 1999.
O próprio escritor sempre considerou seu melhor livro o “Romance d’A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta”. A obra, que começou a ser produzida em 1958, levou 12 anos para ficar pronta. Também foi adaptada, por Luiz Fernando Carvalho, e exibida pela Rede Globo em 2007, com o nome de “A pedra do Reino”.
Com o ‘Movimento Armorial’, que Ariano Suassuna começou a articular na década de 70, ele defendeu a criação de uma arte erudita nordestina a partir de suas raízes populares.
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