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VIDA URBANA

Professores do Estado retardam aposentadoria

Em todo o Estado existem 20 mil docentes e cerca de 30% já estão em idade de se aposentar, mas continuam na ativa.

Publicado em 16/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 17/04/2023 às 17:53

No Dia do Professor, profissionais da área se reuniram para discutir condições de trabalho e de salários e reivindicar melhorias na área da Educação. Professores da Rede Estadual, através da Associação dos Professores de Licenciatura Plena do Estado da Paraíba (APLP), reuniram-se ontem pela manhã no Clube da Bolsa, em Campina Grande, e exigiram, dentre outras propostas, a implantação da aposentadoria sem perdas salariais. Em todo o Estado existem 20 mil docentes e cerca de 30% já estão em idade de se aposentar, mas continuam na ativa.

O professor de Ciências e Biologia Isaías Lima, de 60 anos, poderia ter se aposentado há 5 anos, mas preferiu continuar trabalhando, por temer as perdas salariais, que segundo ele, podem chegar até 50% de sua remuneração atual. “Eu trabalho no magistério há quase 38 anos e não faço ideia de quando vou me aposentar. O salário já é baixo e com a aposentadoria esse valor pode reduzir em até 50%”, lamentou. Conforme o vice-presidente da APLP, Odenílson Medeiros, a categoria também luta para que o governo do Estado implante o piso nacional integral.

“Hoje temos uma defasagem salarial de quase R$ 500, entre o piso nacional e o pago pelo Estado. Dentro das nossas reivindicações também pedimos a aposentadoria sem perdas salariais, já que essas perdas podem acontecer entre R$ 330 e R$ 1.200 mensal”, informou. Ele explicou que dos 20 mil professores do Estado, cerca de 30% ou seis mil docentes, já estão em idade de se aposentar (50 anos para mulheres e 55 para homens), mas não o fizeram pela redução drástica na remuneração.

De acordo com ele, enquanto o piso nacional integral, sem proporcionalidade (40 horas) é de R$ 1.567, o do Estado, que é proporcional a até 30 horas, é de R$ 1.175. Além dessas reivindicações, a categoria quer a definição imediata da carreira do magistério estadual; extinção da tabela de vencimentos para os professores fora de sala de aula; e melhoria das gratificações de direções escolares. A associação deverá encaminhar as propostas ao governo do Estado. A equipe do Jornal da Paraíba tentou contato com a Secretaria de Estado da Educação, mas não obteve respostas.

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Jornal da Paraíba

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