VIDA URBANA
Segunda fase da 'Operação Orange' identifica outras oito empresas falsas
Outras duas pessoas foram presas na segunda fase da operação.
Publicado em 17/07/2017 às 12:07
As empresas envolvidas no esquema criminoso de fraude fiscal, desarticulado pela Operação Orange no último dia 11 deste mês, serão investigadas por possível participação em fraude de licitações com o poder público.
A informação foi revelada na manhã desta segunda-feira (17) em uma coletiva realizada no prédio da Central de Polícia, em João Pessoa. Na primeira fase da operação foram identificadas 13 empresas de fachada e agora outras oito, somando 21 empresas falsas que participavam do esquema fraudulento.
Na segunda fase da Operação Orange, foram cumpridos mandados de condução coercitiva e de apreensão em residências dos dois suspeitos de envolvimento com o esquema.
Os presos na segunda fase foram Gerlânia Carneiro Ribeiro, ex-esposa do principal alvo, Wellington de Sá Sousa, e José Raimundo da Silva, este último preso em Sapé, entre os dias 14 e 15.
"O grupo agia em conjunto, eram pessoas que se conheciam, algumas delas foram utilizadas como 'testa de ferro' ou tiveram seus dados utilizados para a confecção de uma identidade falsa, mas a grande maioria tinha conhecimento, participava de alguma forma, contribuiam ativamente, seja conseguindo terceiros para colocar a empresa no nome, auxiliando na produção dos documentos ou mesmo divulgando as empresas laranja, comercializando as notas para terceiros", disse a delegada Daniela Vicuna.
Todas as pessoas presas na operação responderão po crime tributário, falsificação de documentos, uso de documentos falsos, falsidade ideologica e formação de quadrilha.
"O crime basicamente era venda de notas fiscais falsas para terceiros, porque a empresa não existe, o sócio é fictício e eu posso emitir milhões em notas fiscais falsas", disse a delegada, acrescentando que também está sendo investigada a possibilidade dessas empresas falsas terem irregularmente participado de processos de licitação com o poder público.
Operação Orange
A primeira fase da Operação Orange foi realizada pela Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária, Promotoria de Justiça de Crimes Contra a Ordem Tributária - MP/PB e Secretaria de Estado da Receita em João Pessoa e Bayeux, na Região Metropolitana da capital.
Nove mandados de prisão preventiva e 13 mandados exclusivos de busca e apreensão foram realizados. Os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram cumpridos nas residências dos investigados, enquanto os mandados somente de busca e apreensão estão sendo cumpridos nos escritórios dos investigados presos e ainda em um escritório de contabilidade.
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