VIDA URBANA
Ataques a bancos caem 33% no 1º trimestre de 2017
Sindicato não vê positividade nos números e atribui casos à falta de investimento em segurança.
Publicado em 03/04/2017 às 8:28
As ocorrências de ataques a estabelecimentos bancários registraram uma redução de 33% nos três primeiros meses de 2017, na Paraíba, em relação ao ano passado. Os dados são do Sindicato dos Bancários do Estado, que contabilizou 16 ataques, entre explosões, arrombamentos e tentativas de assalto entre janeiro e março deste ano. No mesmo período de 2016, o sindicato registrou 24 ocorrências. O sindicato não vê positividade nos números.
Conforme o levantamento, foram contabilizadas sete explosões, dois assaltos, seis arrombamentos, e uma tentativa de arrombamento este ano. No primeiro trimestre do ano passado, foram 12 explosões, sete arrombamentos, dois assaltos, duas saidinhas de banco e uma tentativa.
Mesmo com a redução, o sindicato não vê positividade nos números. De acordo com o presidente da entidade, Marcelo Alves, seria preciso reduzir ou até mesmo zerar os crimes registrados em instituições bancárias para garantir o funcionamento delas. “Não tem como nós fazermos uma avaliação positiva porque as ocorrências continuam acontecendo, avaliamos esse número como alto”, disse.
O problema para que os ataques não deixem de ocorrer, como explica Alves, é a falta de investimentos em segurança por parte dos bancos. “Acreditamos que se houvesse uma política de segurança preventiva esse número seria menor ou até mesmo não existiria, já que se as agências fossem monitoradas, os bandidos pensariam duas vezes antes de cometer os crimes”, pontuou
Como alternativa, o presidente sugeriu que fosse realizada uma parceria entre os órgãos de segurança pública e os bancos. “Penso que se os bancos tivessem esse trabalho em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública, obteríamos êxito. A polícia tem feito seu papel, que é o de prender os bandidos, mas como nossa legislação é frágil, eles são soltos rapidamente”, argumentou.
Já com relação aos prejuízos ocasionados pela violência nas agências, o presidente pontuou que além de prejudicar os funcionários, os crimes atrapalham a economia dos municípios. “A maioria dos bancários tem trabalhado com traumas psicológicos que ficam após os crimes. Contudo, os ataques prejudicam ainda os cidadãos e a economia do município, porque muitos vivem de aposentadorias, então eles tem que locomover para outras cidades e o dinheiro acaba não girando dentro do lugar onde vive”, finalizou.
Veja as ocorrências em 2017
Fonte: Sindicato dos Bancários da Paraíba
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