ECONOMIA
Supermercados da PB têm queda de 7% nas vendas
Associação Paraibana de Supermercados (ASPB) também projeta um segundo semestre de vendas baixas no segmento.
Publicado em 05/08/2015 às 6:00
A perda de poder aquisitivo dos consumidores impactou nas vendas dos supermercados da Paraíba, que teve queda de 7% no primeiro semestre deste ano, comparado ao mesmo período do ano passado. O índice foi informado pelo presidente da Associação Paraibana de Supermercados (ASPB), José Willame de Araújo, que também projeta um segundo semestre de baixa. A retração no setor foi registrada mesmo com os empresários investindo em marcas mais populares e promoções.
O índice da Paraíba foi pior do que a média nacional. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o faturamento no setor de janeiro a junho foi zero, ou seja, ficou estagnado. Para o empresário José Willame, por ser um estado pouco industrializado e que importa muitos produtos, a Paraíba está sentindo mais fortemente os efeitos da desaceleração econômica do país.
“Este desempenho é resultado de toda esta conjuntura econômica de inflação, desemprego e endividamento. A Paraíba tem poucas indústrias e algumas deram férias coletivas, então o pessoal fica temeroso em gastar. Os donos de supermercados estão investindo em marcas mais baratas, promoções e reduzindo compras de produtos considerados supérfluos para atender esse novo perfil do consumidor”, afirmou.
O presidente da ASPB revelou ainda que tradicionalmente os meses de agosto a novembro são de baixa nos estabelecimentos. E como este ano a situação já está complicada para o setor, a projeção é de que o ano feche com queda entre 5% e 6% em relação a 2014. Outro fato citado por José Willame é que nas cidades do interior ainda é comum os donos de supermercados adotarem o famoso 'caderno de contas' dos clientes, onde o consumidor compra fiado, anota o nome no caderno e marca uma data para pagar as compras realizadas. A diferença é que este caderno agora é eletrônico.
“Essas contas geralmente eram pagas 2 ou 3 meses após a compra e agora este tempo demora seis meses. Para evitar perder mais cliente, os empresários estão reduzindo margem de lucro e absorvendo alguns aumentos”.
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