VIDA URBANA
Risco de choque elétrico suspende atividades em creche de Campina Grande
Paredes e torneiras da creche estão transmitindo corrente elétrica; servidora já foi vítima de uma forte descarga em um dos banheiros.
Publicado em 12/08/2015 às 6:00
Um problema que atinge uma creche com mais de 100 crianças vem perturbando há três meses a rotina de funcionários, professores e crianças da Creche Nenzinha Cunha Lima, no bairro do Presidente Médici, em Campina Grande. Várias paredes e torneiras da creche estão transmitindo corrente elétrica, e uma servidora já foi vítima de uma forte descarga em um dos banheiros, o que levou a Secretaria de Educação do município (Seduc) a suspender, desde ontem, todas as atividades no prédio até que os problemas sejam resolvidos.
Os problemas começaram a ser percebidos depois que o prédio passou por uma reforma. Segundo relatos de merendeiras e auxiliares de serviço, desde junho elas começaram a sentir pequenas descargas elétricas quando trabalhavam na cozinha, na lavanderia e em um dos banheiros da unidade. As crianças também começaram a reclamar que ao utilizar as torneiras do refeitório sentiam pequenos choques e foram proibidas de lavar as mãos no local. Para evitar novos acidentes, a roupa utilizada pelas crianças passou a ser lavada na lavanderia de fora da creche e uma grade permanentemente fechada passou a isolar a cozinha e a lavanderia de outras áreas do prédio.
Os funcionários também denunciaram que na cozinha os fios foram colocados diretamente nas paredes, sem nenhum tipo de isolamento, e que há cerca de um ano e meio o transbordamento de uma das caixas infiltrou água em vários cômodos do prédio. O secretário da creche, Itamar Silveira, explica que no final de julho o problema agravou-se porque uma das auxiliares de serviço sofreu uma forte descarga elétrica num dos banheiros e na semana passada a direção suspendeu as aulas durante dois dias para que uma equipe de manutenção da Seduc tentasse solucionar o problema.
Ao falar sobre o assunto, a Secretaria de Educação informou que suspendeu novamente as aulas para que todos os problemas sejam solucionados. Segundo o texto, engenheiros da Seduc realizam avaliações para detectar as causas do problema, e os reparos devem começar ainda hoje. Uma das hipóteses consideradas pela gerente de educação infantil, Francilene Nogueira, é que os transtornos foram causados pela ação da construtora que realizou a reforma na unidade, concluída em junho. (Colaborou Déborah Souza)
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