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CULTURA

Mulheres feitas de películas: recortes do 'sexo frágil' no cinema

No Dia Internacional da Mulher, Jornal da Paraíba faz uma lista que reúne filmes contemporâneos que refletem o universo feminino.

Publicado em 08/03/2015 às 14:00 | Atualizado em 19/02/2024 às 17:06

Mulheres de personalidade forte como protagonistas no cinema. Um tema complexo e vasto para uma lista, que trará inevitáveis injustiças. Não obstante, o JORNAL DA PARAÍBA selecionou alguns filmes das últimas quatro décadas para mostrar que “sexo frágil” de outrora deixaram de ser apenas coadjuvantes ou objetos de desejo como sex symbols.

Antes, alguns parênteses: na área técnica, a ala feminina é pouco conhecida, mas sempre presente, vide nomes como Alma Reville, diretora, roteirista, montadora e esposa do Hitchcock, Kathleen Kennedy, coprodutora de uma esmagadora parte das obras de Spielberg, e Thelma Schoonmaker, que monta as histórias de Scorsese.

No Brasil, desde Cléo de Verberena (1909-1972) nos anos 1930 com O Mistério do Dominó Preto, a presença das mulheres como diretoras vem aumentando. Tizuka Yamasaki, Carla Camuratti, Tata Amaral, Eliane Caffé e Lucia Murat são alguns exemplos.

Na história do Oscar – onde quase 80% dos membros da Academia de Hollywood é do sexo masculino – poucas mulheres brilharam na categoria Melhor Diretora: apenas a italiana Lina Wertmüller (por Pasquialino Sete Belezas, em 1976), a neozelandesa Jane Campion (por O Piano, em 1993) e a norte-americana Sofia Coppola (por Encontros e Desencontros, em 2003) forma indicadas. A única vencedora foi Kathryn Bigelow com seu Guerra ao Terror, em 2010.

Grandes mulheres

A história real de uma mulher que liderava campanha contra as condições de trabalho oferecidas por uma indústria têxtil numa pequena cidade é adaptada em Norma Rae (1979). Sally Field ganhou o Oscar e chegou a fraturar uma costela na cena em que tenta se desvencilhar dos policiais para não ser presa.

Cabra Marcado para Morrer (1984), um dos maiores documentários nacionais, tem uma mulher paraibana como protagonista: Elizabeth Teixeira – atualmente com seus 90 anos recém-completados – ostentou a bandeira do marido, líder sindical assassinado.

Uma das ‘selfies’ mais conhecidas do cinema, Thelma & Louise (1991) foca numa garçonete quarentona (Susan Sarandon) e uma jovem dona de casa subserviente ao marido (Geena Davis) que colocam o pé na estrada com direito à justiça pelas próprias mãos e um final onde os laços de amizade não são desatados. O filme de Ridley Scott ganhou o Oscar de Roteiro Original.

Muitas são as cinebiografias de grandes mulheres. Recentemente, podemos citar a artista mexicana Frida (2002) e a cantora francesa Piaf (2007), mas o pulso firme da ‘Rainha Virgem’ Elizabeth (1998) ganha destaque. Vivida por Cate Blanchett (que ganhou o Oscar por interpretar uma das personagens femininas de Woody Allen em Blue Jasmine), a meia-irmã herdeira do trono teve que enfrentar nações, conspirações, o Papa e um povo dividido com um Estado falido e sem exército. Teve uma continuação: Elizabeth - A Era de Ouro (2007).

No âmbito de batalhadora, em Erin Brockovich (2000) Julia Roberts encarou o papel de uma mãe que cria sozinha três filhos trabalhando num pequeno escritório de advocacia, que pega um grande caso envolvendo água contaminada. Outra história real que rendeu um Oscar a protagonista.

Na ação que reverencia clássicos de locadora, Uma Thurman é a “noiva/leoa” de Tarantino que vai atrás da vingança em Kill Bill Volume 1 (2003) e 2 (2004), enfrentando a lâmina dos 88 loucos (que, na verdade, eram em menor número).

Uma jovem mãe cearense (Hermila Guedes) que resolve rifar seu corpo para ter uma vida melhor é o mote de O Céu de Suely (2006). Para fazer o roteiro, o diretor Karim Aïnouz entrevistou várias adolescentes, indagando sobre seus desejos e sonhos.

A grande parte da filmografia do realizador espanhol Pedro Almodóvar é dedicada às mulheres. Assim como Woody Allen, o cineasta tem um grande leque de personagens femininas marcantes. Volver (2005) traz Penélope Cruz como uma mãe trabalhadora e atraente, cujas atitudes vão proteger a qualquer custo sua filha adolescente. Por Volver, Cruz foi a primeira espanhola a ser indicada na história do Oscar (ganhou como coadjuvante em Vicky Cristina Barcelona, de Woody Allen).

Na área da animação, Persépolis (2007), baseada na HQ homônima da iraniana Marjane Satrapi, mostra a vida atribulada da quadrinista no início da nova República Islâmica.

Na conservadora Disney, a princesa pioneira que é independente e não espera seu ‘príncipe encantado’ é a escocesa Merida de Valente (2012). No mesmo ano da animação, uma heroína ‘teen’ de carne-e-osso vivida por Jennifer Lawrence ganha foco na revolução de um futuro distópico na franquia Jogos Vorazes.

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Jornal da Paraíba

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