MP e CRM vão apurar denúncias no Trauma

A Promotoria da Saúde instaurou procedimento administrativo para apurar denúncia de que o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, não dispõe de laringoscópios. Os equipamentos são usados em diagnósticos e exames preventivos de tumores na laringe e estariam em falta no ambulatório de otorrinolaringologia, segundo o médico Adriano Sérgio Freire Meira, autor da denúncia formalizada ao Ministério Público da Paraíba.

Segundo ele, o setor de otorrinolaringologia também não dispõe de pia para a lavagem das mãos, o que pode contribuir para o aumento dos casos de infecção hospitalar. As denúncias serão apuradas também pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM/PB).

De acordo com o diretor de Fiscalização do CRM/PB, Eurípedes Mendonça, a falta de equipamentos e da pia são motivo de preocupação para os profissionais de saúde. “A questão da pia é um problema, mas considero de menor gravidade, porque o médico sempre pode lavar as mãos em outro lugar. Mas a falta dos laringoscópios é algo muito grave, porque isso atrapalha o trabalho dos médicos e pode causar um risco para a segurança do paciente”, afirmou.

Mendonça ainda destacou que a fiscalização dessa natureza compete, prioritariamente, às equipes de vigilância sanitária do Estado e do município de João Pessoa, porque são denúncias referentes à falta de equipamentos e itens de infraestrutura hospitalar.

Apesar disso, o CRM/PB vai apurar o caso para evitar prejuízo aos profissionais e pacientes. “A função do CRM é proteger o médico e o paciente. Todas as denúncias que chegam ao nosso conhecimento são apuradas. Iremos enviar ofícios à direção do hospital, cobrando explicações e providências”, detalhou.

Através da assessoria de imprensa, a Agência Estadual da Vigilância Sanitária (Agevisa) informou que a responsabilidade de apurar denúncias sobre falta de equipamentos no Hospital de Emergência e Trauma compete à equipe de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde de João Pessoa.

A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA procurou, então, o diretor da Vigilância Sanitária de João Pessoa, Ivanildo Brasileiro, para comentar a denúncia formalizada pelo médico, mas ele não foi encontrado. Funcionários da equipe dele informaram que Ivanildo estava participando de um treinamento e não poderia conceder entrevistas.