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COTIDIANO

Areia, muito mais que cachaça e rapadura

Caminhos que levam para o município de Areia são sempre cheios de cultura e histórias.

Publicado em 26/07/2008 às 9:41 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:43

Maurício Melo

Os caminhos que levam para o município de Areia são sempre cheios de cultura e histórias. Muitas delas podem ser contadas nas setenta e poucas curvas da serra que levam à cidade. Atualmente conhecida por sua cachaças, a cidade brejeira tem mais, muito mais que isso. Entre suas riquezas estão o acervo de museus, são três e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Iphan, já está de olho.

O Museu de Pedro Américo, guarda inúmeras réplicas dos quadros do mais célebre cidadão areiense e que dá nome ao espaço. O Museu da Rapadura, no Campus universitário na cidade, onde se pode assistir às várias etapas da fabricação da iguaria e de outros derivados da cana-de-açúcar, como a cachaça, o melaço e outros.

O terceiro é o Museu Regional de Areia, localizado na antiga casa paroquial, onde o cônego Rui Barreira colecionou e guardou um grande acerto iconográfico. Lá, há um acervo de objetos de arte, caça, uso e pesca produzidos pelos Bruxaxás, índios da nação Cariri que habitavam o planalto de Areia, e que está fora de exposição porque passam por restauração. São mais de dez coleções.

Geograficamente, a cidade é cercada por rica zona Rural que abriga engenhos de cachaça e rapadura. Mas granjas e sítios também oferecem passeios ecológicos com a vista sempre verde e cruzando riachos que viram quedas d'água e balneários. No inverno, a neblina toma conta da cidade e o frio permite que programas mais intimistas com a cachaça local e comidas típicas.

No passado, a cidade abrigou famílias que usavam da mão-de-obra escrava e enriqueceram com a cultura de cana-de-açucar e café. Até hoje casarões antigos ainda mantêm espaços que já abrigaram senzalas e troncos de castigo, como é o caso do Casarão de Zé Rufino (foto), que nos tempos de economia áurea abrigou um o dono de engenho que deu nome ao lugar, depois virou fórum e hoje é um centro de cultura.

Areia se orgulha de ter participado ativamente das Revoluções do século XIX, como a Confederação do Equador, em 1824, a revolta do Quebra-Quilos, em 1873,e a campanha abolicionista. Reza a história que a cidade libertou o último escravo pouco antes da Abolição da Escravatura em todo o país, no dia 3 de maio de 1888.

Sempre referência cultural na Paraíba, Areia tem como seu maior representante o artista Pedro Américo, que hoje dá nome a um dos museus locais. Ele tem obras importantes e famosas como "O Grito do Ipiranga", encomendada a ele por Dom Pedro II. Outro fato que orgulha o povo areiense, é que o "Theatro Minerva" foi construído 50 anos antes que o da capital da Paraíba.

O Sebrae e o Governo do Estado da Paraíba estão promovendo o projeto Caminhos do Frio nos meses de julho e agosto. O roteiro inclui os municípios de Alagoa Nova, Areia, Serraria, Bananeiras, Alagoa Grande e Pilões. O objetivo é divulgar a região do brejo e toda a riqueza da cultura da cana de açúcar para turistas.

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Jornal da Paraíba

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