VIDA URBANA
Secretaria vai realizar projeto piloto no PB1
Apenados devem começar a ter aulas entre o final deste mês e começo de junho.
Publicado em 26/05/2013 às 13:30 | Atualizado em 13/04/2023 às 18:07
Já em 2011, foi registrado um considerável aumento de 663,16 % na participação de presos no ensino carcerário, comparado aos dados de 2010. Em 2011, o ensino carcerário passou a contar com 180 homens na Alfabetização, 107 no Fundamental e três no Ensino Médio, alcançando uma média de 35,3 estudantes por mil presos. Assim como em 2010, em 2011 não houve registro de mulheres nas salas de aulas.
Por sua vez, no ano passado, quando apenas os meses de janeiro a junho foram considerados no levantamento, também houve aumento (13,79%) de presos nas atividades educacionais, relacionado ao ano anterior, já que 330 frequentaram o ensino carcerário, sendo 310 homens (179 na alfabetização, 125 no fundamental e seis no ensino médio) e 20 mulheres, todas na alfabetização. O número de estudantes resultou em uma média de 37,7 por mil presos, o correspondente a 4% do total da população carcerária registrada com 8.756, entre homens e mulheres no período citado.
Contudo, a Paraíba aparece numa posição negativa, em nível nacional, quando o assunto é presidiário estudando, já que apenas 4% da população carcerária está na sala de aula.
Segundo o titular da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Wallber Virgolino, a secretaria tem procurado inserir os presos na educação e anunciou a realização de um projeto piloto na Penitenciária Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes - presídio de segurança máxima também conhecido por PB1, ainda no primeiro semestre deste ano.
“Não posso falar por anos anteriores, já que assumi a pasta no início deste ano, mas posso afirmar que a gestão atual é palpada na humanização do sistema para levar a educação dentro das unidades prisionais, públicas, de segurança média, e principalmente máxima. Como exemplo, estaremos inserindo um projeto piloto de aulas para apenados no PB1, previsto para o final de maio e início de junho próximos, comprovando que é interesse do Estado em levar a educação aos presidiários, libertar, ressocializar e inserir o apenado ao seio social e com eficiência”, afirmou.
Ao concluir, Wallber Virgolino disse que a educação nos presídios deve ser encarada como projeto de governo, envolvendo várias secretarias e não apenas pastas isoladas, para que o resultado seja mais humanizado e positivo.
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