VIDA URBANA
Vocação religiosa para a vida
Leia relatos de quem seguiu a vocação sacerdotal.
Publicado em 18/03/2012 às 8:00
Para uns, a vocação sacerdotal vem junto com o nascimento; para outros, surge no decorrer da vida. O despertar da vocação em homens e mulheres acontece de forma peculiar e exige renúncias e desapego a coisas materiais, o que nem sempre é fácil. Antes de decidir seguir o caminho religioso, os jovens passam por momentos de reflexão e nem sempre escapam das críticas e das tentações. Ao final, o que prevalece para eles é a vontade de servir a Deus e ao próximo.
Para Augusto Manoel de Lira, 30 anos, a vontade de ser padre surgiu durante o sacramento da Crisma, quando ele tinha apenas 15 anos. “Minha experiência com Jesus começou ainda adolescente e se evidenciou com a Crisma, foi quando decidi que queria ser padre para evangelizar meus irmãos”, revelou Augusto, durante entrevista no seminário de João Pessoa.
Sem conseguir esconder o entusiasmo de ser ordenado padre no próximo ano (entrou no seminário aos 23), Augusto diz que, se tivesse de voltar ao tempo, faria tudo exatamente igual. Ele contou que viver em um seminário não é nada fácil. Assim como os outros jovens da sua idade, Augusto pode jogar bola, ler, acessar internet, mas sente falta de ter uma atividade profissional definida.
O seminarista começou a trabalhar cedo para ajudar a família. Terminou o ensino médio, mas não cursou uma faculdade.
“Temos nossas atividades pastorais, mas não ter uma vida profissional é bem difícil, acho que é o mais complicado aqui”, frisou. Apesar do desabafo, Augusto disse que nada ofusca a vontade de servir a Deus e ao próximo.
Aos 14 anos, Vamberg da Silva Soares, hoje com 23, também se sentiu tocado a ser sacerdote. “A vivência com a própria comunidade me fez despertar o desejo de ser padre, mas o ponto alto veio durante um retiro de Carnaval. “No ano de 2005, iniciei o processo para ver se além da minha vontade, esse era também o desejo de Deus”, comentou.
Já Erionaldo Jerônimo Duarte, 24 anos, começou a descobrir a vocação de forma gradativa, pelos sinais que iniciaram ainda na adolescência. “Toda escolha implica em renúncias", disse.
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