icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Com dívida de R$ 7 milhões e falta de médicos, hospital desativa UTI por falta de médico

Crise na saúde também atinge hospitais filantrópicos. Em Campina Grande, os 10 leitos da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Pedro I estão desativados temporariamente

Publicado em 24/08/2011 às 8:57

Do Jornal da Paraíba

A crise na saúde também está atingindo os hospitais filantrópicos da Paraíba. Em Campina Grande, os 10 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Pedro I estão desativados temporariamente devido a falta de médicos na escala de plantonistas. O hospital mantido pela maçonaria também enfrenta problemas financeiros que já provocaram a redução dos atendimentos em setores como ortopedia e emergência. Na próxima segunda-feira, uma reunião vai definir sobre a contratação de dez a 14 médicos e a expectativa da direção é reabrir a UTI na próxima semana.

A desativação da UTI está ocorrendo de forma gradativa desde o início do mês, à medida que os pacientes foram recebendo alta ou foram transferidos para outros hospitais. A ala ficou totalmente vazia na manhã de ontem, com a última transferência para o João XXIII. Com a desocupação, toda a área foi desinfectada e os equipamentos foram encaminhados para manutenção em Recife, de onde devem chegar ainda hoje. A desativação começou no dia 2 de agosto.

De acordo com a direção- geral, as dívidas acumuladas já chegam a R$ 7 milhões e o déficit mensal gira em torno de R$ 50 mil. A manutenção do Pedro I, que possui, atualmente, 250 funcionários e 150 leitos custa R$ 500 mil por mês. “A tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) está defasada há vários anos e todos os hospitais filantrópicos do Brasil estão pedindo esmolas, mas é preciso que os governos percebam o problema. Assumimos o hospital recentemente e estamos tentando resolver regularizar a situação”, informou João Clementino, presidente do Pedro I.

O valor total da dívida é formado por débitos com fornecedores e com órgãos e tributos federais, a exemplo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Receita Federal e encargos trabalhistas. A nova direção do Pedro I está à frente do hospital desde 1° de agosto e já estuda a possibilidade de realizar uma campanha junto à sociedade para buscar alternativas para salvar o hospital das dívidas, a exemplo do que acontece com a Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), hospital especializado no tratamento do câncer e que mantém um serviço de coleta de donativos pelo telefone (83) 2102-0390.

Em julho, o hospital recebeu uma notificação do Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) sobre a falta de médicos plantonistas na UTI. O CRM deu um prazo até o final de agosto para o Pedro I regularizar a situação. “Identificamos que em alguns dias da semana faltava médicos na UTI. É preciso ter, no mínimo, um médico para cada 10 leitos e um atendente para cada três. Notificamos o hospital e demos um prazo para a regularização”, comentou Norberto Silva, do CRM em Campina Grande.

A decisão de fechar a UTI temporariamente foi tomada pela própria diretoria técnica do Pedro I diante do problema e a expectativa da direção é que a situação seja regularizada até a próxima semana, com a reabertura da ala. “Sem corpo médico completo não tínhamos como funcionar. Orientamos a equipe para não admitir pacientes de alto risco para evitar complicações, mas estamos trabalhando para melhorar o atendimento o mais rápido possível”, afirmou Alba Medeiros, diretora técnica do Pedro I.

Segundo a direção, a grande dificuldade para manter a escala de médicos na UTI é o valor cobrado pelos plantões. Enquanto o Pedro I paga R$ 800,00 por plantão de 24 horas, um médico recebe R$ 1.280,00 pelo mesmo serviço no Hospital Regional de Emergência e Trauma de Campina Grande. Os ortopedistas, anestesistas e cirurgiões do Trauma contratados através de cooperativas recebem R$ 1 mil por plantão de 12 horas.

“Enfrentamos dificuldades porque o Trauma paga em dobro e temos dificuldade para recrutar os profissionais”, afirmou João Clementino.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp