VIDA URBANA
Escola funciona há 40 dias com 'pântano' gerado por água da chuva
Situação foi flagrada em escola estadual de Campina Grande. Força da água derrubou muro e, desde então, vizinhos e estudantes convivem com lixo e riscos de saúde.
Publicado em 23/03/2011 às 13:28
Karoline Zilah
Lixo acumulado, vegetação densa, concentração de ratos e até cobras, ponto de encontro para consumidores de drogas e água parada com risco de surgimento de mosquitos da dengue. Pode não parecer, mas o cenário de descaso está num ambiente frequentado por crianças e adolescentes, expostos aos perigos.
Trata-se da Escola Estadual Argemiro de Figueiredo, no bairro do Catolé, em Campina Grande, e é visto diariamente pelos moradores e por quem transita pela região.
Para solucionar casos como estes, a Secretaria Estadual de Educação anunciou nesta quarta-feira (23) uma força-tarefa nas 1.036 escolas sob sua administração. A meta é inspecionar 10 escolas por dia. A equipe operacional é formada por eletricistas, bombeiros, pedreiros, encanadores e marceneiros, que vão detectar problemas e indicar os reparos necessários.
Enquanto o 'socorro' não chega, os moradores e transeuntes da rua Elpídio de Almeida se dizem cansados de sofrer as consequências do abandono na escola Argemiro de Figueiredo. Eles fizeram um apelo à imprensa para que a direção da escola tome alguma providência.
O acúmulo de vegetação no terreno já era um problema, mas se agravou após uma forte chuva no dia 13 de fevereiro, e a agora o que era mato virou uma espécie de "pântano".
Durante três horas de chuva, a água se acumulou e ficou retida no terreno da escola. Parte do muro não suportou a pressão e desabou. A vegetação da área interna foi levada pela correnteza para o meio da rua Elpídio de Almeida, uma das principais vias do Catolé, o que dificultou a passagem de veículos.
O problema se arrasta por 38 dias e ainda não foi solucionado. Desde então, o muro da escola não foi reconstruído e a água se acumula. Segundo os vizinhos da escola, que pediram para não serem identificados, saem ratos, mosquitos e cobras do terreno. O lixo se acumula e o local agora serve como ponto de consumo de drogas. Além deles, os alunos e funcionários da escola também estão expostos aos perigos.
Situação foi analisada
A reportagem entrou em contato com o diretor da escola, mas os telefones estavam desligados. Devido à paralisação dos professores da rede estadual de ensino, não havia funcionários na unidade.
A gerente da 3ª Região de Ensino, Joselma Ferreira de Souza, estava numa reunião em João Pessoa e não pode comentar o assunto. A funcionária Júnia Coutinho Barbosa explicou que um engenheiro esteve na escola no dia seguinte ao ocorrido e elaborou um relatório sobre as providências que seriam necessárias.
O documento foi enviado à Secretaria Estadual de Educação, na Capital, mas a 3ª Região de Ensino ainda não foi comunicada sobre o posicionamento do órgão.
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