VIDA URBANA
Guarda Municipal para em João Pessoa
Sindicato dos Guardas Municipais denuncia que profissionais perderam gratificações e estão trabalhando sem infraestrutura adequada.
Publicado em 06/05/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 12:39
Os guardas municipais de João Pessoa paralisaram as atividades ontem e realizaram protesto, na sede da entidade, durante a manhã para reivindicar melhorias no plano de carreira e salários. O Sindicato dos Guardas Municipais da Paraíba (SindGM-PB) denuncia que os profissionais perderam gratificações e estão trabalhando sem a infraestrutura adequada.
De acordo com o vice-presidente do SindGM-PB, Adalberto Cabral, desde junho do ano passado os guardas municipais da capital perderam quatro, das oito gratificações a que tinham direito. Entre as perdas estão o auxílio saúde, adicional noturno e de insalubridade.
“O guarda municipal de João Pessoa está entre os que recebem o salário mais baixo. Nosso salário base é de apenas R$ 750,00, enquanto em Bayeux, Cabedelo e Conde, se paga o dobro”, reclamou o sindicalista.
Ainda segundo o sindicalista Adalberto Cabral, o número de cerca de mil guardas é insuficiente para atender à demanda da cidade. “A guarda civil de João Pessoa atua em todas as secretarias e para o número que nós temos, mesmo com os novatos do concurso, é impossível atender a demanda”, disse.
Os representantes do SindGM-PB também denunciam que os novos profissionais retiraram do próprio bolso até R$ 200,00 para comprar o fardamento e objetos para o material de trabalho. Devido ao protesto, o trânsito foi desviado, entre as 8h30 e as 10h30, no trecho entre as avenidas Almirante Barroso, onde está localizada a sede da Secretaria de Segurança Pública e Cidadania da capital, sentido Maximiniano de Figueiredo (sentido Epitácio Pessoa), no Centro. Ainda durante a manhã os manifestante deixaram a concentração do protesto e seguiram em direção ao Paço Municipal, no Centro da cidade.
O secretário de Segurança Urbana e Cidadania, órgão ao qual a Guarda Municipal está vinculado, Geraldo Amorim, negou a denúncia de retirada de gratificações dos servidores. “O que os guardas municipais estão reivindicando é o pagamento de um extra a que os guardas municipais tinham direito quando a secretaria comprava dias de folga. Até o mês passado, comprávamos até oito folgas mensais porque não havia homens suficientes para o desempenhar as funções. Mas a prefeitura da capital convocou 300 concursados o que diminuiu o déficit de pessoas e reduziu pela metade a necessidade de compra de dias de folga”, esclareceu o secretário.
Ainda de acordo com Amorim, por cada dia de folga, o guarda municipal recebia uma diária no valor de R$ 87,00, podendo totalizar até R$ 696,00 ao mês (oito folgas vendidas) por mês.
“Atualmente, não estamos precisando comprar mais do que quatro folgas por mês (R$ 348,00)”, pontuou o secretário.
Amorim também informou que a categoria não aceitou conversar com ele. “Estou surpreso porque a categoria não quis ser atendida por mim. Preferiu fazer protesto na rua e solicitar audiência com o prefeito”, pontuou.
No final da manhã, uma comissão do SindGM-PB foi recebida pelo secretário de Articulação Política da capital, Lucius Fabian. Segundo Adalberto Cabral, o secretário marcou para hoje, a partir das 15h, uma audiência no gabinete do prefeito. (Colaborou Luzia Santos)
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