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VIDA URBANA

Fotógrafo espera análise de recurso

Advogado disse que o fotógrafo não oferece risco a sociedade e que aguarda a análise de dois recursos ordinários de habeas corpus.

Publicado em 07/03/2013 às 6:00


A defesa do fotógrafo Gilberto Lyra Stuckert Neto, que é acusado de assassinar a professora universitária Bríggida Lourenço e se entregou à Justiça na terça-feira, alegou ontem que o suspeito não oferece perigo à sociedade e informou que aguarda a análise de dois recursos ordinários de habeas corpus interpostos no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Ele não causa dano à sociedade porque o que aconteceu foi um fato isolado. A prisão preventiva dele foi decretada com base no clamor público e a Justiça não pode se deixar levar pela opinião das ruas”, destacou Carlos Neves, advogado do suspeito.

Em entrevista ao G1 Paraíba, o advogado acrescentou ainda que o fotógrafo seria apenas um apaixonado. "É necessário lembrar que Stuckert é uma pessoa de bons requisitos e que não oferece nenhum risco à sociedade. Afinal de contas, que mal um apaixonado pode fazer?”, indagou.

Gilberto Stuckert Neto deve ser ouvido em juízo em uma audiência de instrução agendada para o próximo mês de agosto. O inquérito relacionado ao crime já foi concluído e remetido ao Ministério Público, que ofereceu denúncia à Justiça. O processo tramita no 1º Tribunal do Júri de João Pessoa.

Um pedido de habeas corpus e outro de revogação da prisão preventiva de Gilberto Lyra Stuckert Neto foram negados pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). Conforme o advogado de defesa, Carlos Neves, a audiência de instrução do caso pode ser antecipada em virtude do réu já estar custodiado.

Durante o período em que aguarda a decisão do STJ, o acusado continuará detido no Centro de Ensino da Polícia Militar, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa.

O irmão de Bríggida, Joselito Lourenço, afirmou que aguarda que a Justiça seja feita com os devidos rigores. Ele ainda revelou que se sente aliviado com a prisão do suspeito, porém inconformado com a prisão especial.

Bríggida Lourenço foi assassinada no interior de seu apartamento, no bairro dos Bancários, na capital, no dia 19 de junho do ano passado. Segundo laudo da perícia, a vítima apresentava sinais de esganadura.

Durante os nove meses em que permaneceu foragido da Justiça, Gilberto Lyra Stuckert Neto teria tentado se entregar duas vezes à polícia, mas teria recuado em virtude de ameaças de morte. Ainda durante este período, o acusado teria ainda atentado contra a própria vida.

“Ele estava muito nervoso, tentou suicídio. A gente se preparava para que ele se entregasse, mas surgia um fato novo, como por exemplo no 'Acorde Miramar', quando várias pessoas foram à casa da avó dele gritando palavras de baixo calão”, disse Gilberto Stuckert Filho, pai do fotógrafo.

Imagem

Jornal da Paraíba

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