VIDA URBANA
Apesar das chuvas, 60 mananciais ainda estão em estado crítico
Dos 124 açudes públicos monitorados pela Aesa, 31 deles estão com capacidade armazenada superior a 20% do seu volume total.
Publicado em 08/01/2016 às 7:12
Além de despertar as esperanças dos paraibanos, a chuva registrada entre a última quarta e a quinta-feira também recarregou açudes no Sertão e no Cariri paraibano. No caso dos reservatórios monitorados pela Aesa, o maior acúmulo de água foi em Lagoa do Arroz (Cajazeiras), que aumentou seu nível em 54 centímetros. Mesmo assim, o reservatório continua em situação crítica, pois antes da chuva estava com 5,6% e agora está com 6,3% de seu volume total.
Ainda segundo a Aesa, também houve recarga de 7 cm no açude de Coremas, Mãe D'Água, que está com 13,4% de sua capacidade; no Engenheiro Ávidos (Cajazeiras), onde o nível da água subiu dois centímetros, mesmo volume detectado em São Gonçalo (Sousa). Esses dois últimos estão, respectivamente, com 6,5% e 2,8% de seu volume total. Já no Cariri, a única recarga registrada, de 5 cm, foi no açude de Sumé, atualmente com 9% de sua capacidade. No caso de Boqueirão, o setor de monitoramento da Aesa informou que o reservatório perdeu um centímetro entre quarta e quinta-feira, baixando seu nível para 12,4%.
Além desses mananciais, outros dois pequenos açudes, nas cidades de Monteiro e na comunidade Divinópolis (Cajazeiras), sangraram por conta da chuva, mas não provocaram maiores transtornos aos moradores. Dos 124 açudes públicos monitorados pela Aesa, 31 deles estão com capacidade armazenada superior a 20% do seu volume total; 33 reservatórios em observação (menor que 20% do seu volume) e 60 mananciais em situação crítica, com volume menor que 5%.
Por: Humberto Barbosa
Coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal)
Chuvas fortes e volumosas podem ocorrer nos próximos dias
Uma depressão tropical que se formou no Oceano Atlântico Sul, próximo da costa da Bahia, poderá reverter o cenário de previsões climáticas para o Semiárido brasileiro neste início de ano. Durante as últimas semanas de 2015 notou-se que, na média, o Atlântico Sul ficou mais quente do que o Atlântico Norte, então, as nuvens carregadas se deslocam para a região onde as águas estão mais quentes. No caso do Semiárido Nordestino, o clima é dependente da temperatura do Atlântico Sul, que banha a costa leste da região, mas também de como se comporta a temperatura do Atlântico Norte, que banha a região entre o litoral norte do Rio Grande do Norte e o Maranhão. E as chuvas das últimas semanas no Nordeste podem indicar uma boa notícia a todos aqueles que dependem de uma estação chuvosa no Semiárido brasileiro. Nos próximos cinco dias, chuvas fortes e volumosas poderão ocorrer nessa região.
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