VIDA URBANA
Queda de muro da Bica e falta de previsão de reparo preocupa a população
Direção do Parque descarta qualquer risco para entrada de vândalos ou saídas de animais do local.
Publicado em 21/04/2015 às 7:05 | Atualizado em 14/02/2024 às 13:37
Uma parte do muro do Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica), no bairro de Tambiá, em João Pessoa, caiu em decorrência das últimas chuvas de mais intensidade, há mais de 15 dias, mas ainda não há previsão para o início do reparo. Embora a abertura pareça deixar o local vulnerável à entrada de vândalos ou saídas de animais, a direção da Bica descartou essas possibilidades.
No dia 23 de abril do ano passado, por exemplo, a elefanta Lady fugiu da área provisória onde estava, por volta 16h30, ao puxar uma tenda que caiu por cima da cerca que a protegia, deixando que ela escapasse. Quando ela fugiu, a Bica foi evacuada, conforme orienta o protocolo de segurança, e Lady só voltou para o ambiente por volta das 20h após o conserto da cerca. Já na noite do dia 6 de novembro, também do ano passado, um bicho preguiça escapou do local e só foi resgatado na manhã seguinte pela Polícia Ambiental, próximo ao Hospital Padre Zé, no bairro de mesmo nome.
Para a população, situações como essas poderiam ser agravadas com a queda do muro, que ajudaria a saída dos animais da área do parque. “Imagina se esse muro estivesse assim quando a elefanta saiu do cativeiro dela. Ela tinha saído para a rua. O mesmo pode acontecer com pessoas mal intencionadas, que podem aproveitar a abertura no muro para entrar no local”, disse a dona de casa Clemilda Brito, 51 anos, que mora próximo à Bica.
No entanto, o diretor da Bica, Jair Azevedo, garantiu que até o momento não foi verificado nenhum vândalo entrando pelo local, nem animais que usaram a abertura para ir para rua. “Até porque o muro faz divisa com um condomínio fechado, onde as pessoas não circulam tão facilmente. Em relação ao animais, acreditamos ser muito difícil acontecer porque além do acesso difícil, a disponibilidade de alimentos para os animais nativos dentro do parque é infinitamente superior, como também, não podemos arriscar comprometer a estrutura do muro, já fragilizada pela queda, coisa que poderia acarretar em um problema muito maior”, afirmou.
Por esses motivos, Jair Azevedo acrescentou que mesmo com a queda do muro, o contingente de seguranças usado normalmente no parque está mantido, cujo serviço é realizado pelos guardas municipais.
O diretor informou que o reparo já foi solicitado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), mas que “existe todo um trâmite burocrático que rege a gestão pública e não podemos passar por cima da legislação vigente, temos que esperar a licitação da compra do material necessário para o mesmo”. “Em breve estaremos começando o reparo e o prazo de conclusão vai depender de vários fatores, inclusive o climático, não é uma construção que se faz da noite pro dia”, declarou.
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