VIDA URBANA
Correios e Telégrafos ingressa com ação de dissídio coletivo junto ao TST
Empresa oferece reajuste de 6% divididos em duas vezes e categoria pede 12% e mais outros 91 ítens como reajuste do vale alimentação.
Publicado em 17/09/2015 às 10:57
Os Correios ingressaram com ação de dissídio coletivo junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) no final da tarde de quarta-feira (16). A iniciativa, segundo a empresa, foi tomada devido à divisão dos trabalhadores em relação à proposta de acordo coletivo apresentada pelo vice-presidente do TST, ministro Ives Gandra, na última sexta-feira (11). Na noite de ontem (16), dos 36 sindicatos dos Correios no Brasil, 17 decidiram não deflagrar paralisação, sendo que 16 aceitaram a proposta do TST. Não houve, portanto, maioria suficiente para a assinatura de acordo.
Com isso, a empresa retoma sua última proposta que propõe reajuste de 6% nos salários (3% retroativos a agosto e 3% em janeiro de 2016), mais reajuste linear de R$ 200 em forma de gratificação (R$ 150 em agosto de 2015 e R$ 50 em janeiro de 2016). A pauta de reivindicação da categoria, no entanto, pede mais que isso: reajustes de 12%, aumento de R$ 300,00 para todos, reajuste do vale alimentação de R$ 32,00 para R$ 40,00 e cesta básica de R$ 350,00, hoje é de R$ 230,00. Além disso, a categoria pede a contratação de 200 carteiros e 200 atendentes. Segundo o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios e Telégrafos da Paraíba (Sintect PB), Emanuel de Souza, a pauta de reivindicações da categoria contém 92 itens.
Empresa nega adesão apresentada pela categoria
De acordo com o levantamento parcial realizado hoje (17), 183 empregados aderiram a greve na Paraíba, o que corresponde a aproximadamente 11,43% do efetivo total.
Ainda de acordo com os Correios, a empresa está operando com normalidade na Paraíba. As agências estão abertas e os serviços, inclusive a entrega de Sedex e o Banco Postal, estão disponíveis, com exceção dos serviços com hora marcada interestaduais. Segundo a assessoria dos Correios, na Paraíba, apenas dez agências (Areia, Bayeux, Cajazeiras, Guarabira, Mari, Patos, Pedras de Fogo, Pocinhos, Sapé e Sousa) das 205 registraram adesão parcial à greve. Em João Pessoa, a empresa afirma que todas estão em pleno funcionamento.
A informação é contestada pelo sindicato da categoria. Nas contas do Sintect PB, quatro toneladas de correspondências estão encalhadas e pelo menos 700 trabalhadores aderiram ao movimento. O sindicato destacou que a greve está dentro da legalidade, pois mantém cerca de 50% dos servidores na ativa (ao todo são 1.580 carteiros no Estado).
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