VIDA URBANA
Açude de Boqueirão deixa o volume morto cinco dias antes do previsto
Cagepa tinha estimado que a marca seria atingida no dia 26 de agosto, data para o fim do racionamento.
Publicado em 21/08/2017 às 7:14
O açude Epitácio Pessoa, localizado em Boqueirão, atingiu nesta segunda-feira (21) índice suficiente para deixar o volume morto. De acordo com informações do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), o reservatório atingiu a marca de 33.864.642 m³, o que representa 8,2% da capacidade total que é de 411.686.287 m³.
O volume foi atingido cinco dias antes da previsão inicial da Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa), que seria no dia 26 de agosto. Essa data tinha sido estabelecida pela companhia para encerrar o o sistema de racionamento de água em Campina Grande, a principal cidade abastecida por Boqueirão, e em mais 18 municípios.
Quando as águas do Rio São Francisco chegaram ao espelho d'água do açude, no dia 18 de abril deste ano, o manancial possuía quase 12 milhões de m³ , o que representa um volume de 2,9% da capacidade. Desde esta data, o manancial vem aumentando sua lâmina e nesse período já recebeu um aporte de 21,8 milhões de m³.
Ainda não se sabe se o fim do racionamento será abreviado em virtude do açude ter atingido o volume suficiente antes do tempo. Nesta segunda-feira (21), o governador Ricardo Coutinho estará em Campina Grande para conceder uma entrevista coletiva na sede da Cagepa, para falar sobre o racionamento.
Desde 6 de dezembro de 2014 a cidade de Campina Grande está sendo abastecida sob o sistema de racionamento, que foi usado em duas etapas, sendo uma uma que suspendia o abastecimento na cidade toda por um dia e meio. Na segunda fase o fornecimento acontece por zoneamento, onde a zona urbana foi dividida em duas áreas, e cada uma delas é abastecida por 3,5 dias da semana.
Ministério Público quer fim da irrigação
O Ministério Público da Paraíba marcou uma reunião para este terça-feira (22) com todos os órgão envolvidos na gestão de acompanhamento das águas da Transposição e do próprio açude de Boqueirão para discutir a suspensão do racionamento e também a irrigação. Para o procurador Francisco Sagres, o racionamento só deveria acabar quando a quantidade de água for suficiente para garantir a segurança hídrica, o que só se alcançaria com um volume de 97 milhões. O MPPB também vai recomendar a suspensão da irrigação na bacia do manancial.
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