Donas de casa com Previdência crescem

O número de donas de casa de baixa renda que contribuem para a Previdência Social cresceu na Paraíba. Elas podem contribuir para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com 5% sobre o salário mínimo, que corresponde a R$ 31,10. Desde outubro de 2011, quando o Ministério da Previdência criou esta nova modalidade, já são 867 donas de casa paraibanas que resolveram assegurar um futuro mais tranquilo. E este número colocou o Estado em quarto lugar no Nordeste, onde a Bahia, com 3.343 contribuintes, lidera o ranking na Região.

Uma das que entraram para este grupo de beneficiadas foi a dona de casa Débora Carneiro. Ela foi informada pelo irmão sobre esta possibilidade e hoje tem melhores perspectivas para o futuro.

“A gente nunca sabe do dia de amanhã e é preciso estar precavida”, salientou. Mãe de três filhos e sem nunca ter trabalhado, Débora reconhece que a falta de uma renda fixa dificulta seu sustento no futuro. “Todas donas de casa devem estar atentas para não ficar sem nada quando estiver em uma idade avançada”, aconselhou.

Na Paraíba, elas começaram com 143, e este número aumentou em 506,29%.

Em todo o país, são 52.040 donas de casa que aderiram à Previdência Social e poderão pedir aposentadoria e receber benefícios do INSS. Mas 6 milhões de mulheres têm a possibilidade de contribuir. Os Estados de São Paulo (10.232), Minas Gerais (8.672) e Rio de Janeiro (5.492) lideram nacionalmente. O aumento do número de inscritas desde a criação desta modalidade foi de 841,38%, que começou com 5.528 donas de casa.

Se o ritmo de inscrições de donas de casa continuar assim, a meta para 2012, de 200 mil cadastradas, será batida. “O crescimento ficou bem acima de algumas expectativas que tínhamos”, afirmou Leonardo Rolim, secretário de Políticas da Previdência Social, que atribuiu o forte aumento das adesões às campanhas realizadas em mídias televisiva e impressa no final do ano passado em todo o país. Antes de outubro, as donas de casa podiam se inscrever na Previdência pagando uma alíquota de 11% do salário mínimo.