CULTURA
Nosso samba na praia
Madrinha do Samba coloca seu repertório no show 'Nosso Samba Tá na Rua', realizado gratuitamente neste sábado (11) na capital.
Publicado em 11/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 20/06/2023 às 11:41
“Vou cantar mais sucessos que inéditas” - avisa ao JORNAL DA PARAÍBA a sambista Beth Carvalho - “já que é em espaço aberto e o povo adora cantar junto”.
A Madrinha do Samba coloca seu famoso repertório no show Nosso Samba Tá na Rua, que será realizado gratuitamente neste sábado através do projeto Extremo Cultural, a partir das 20h, no palco montado próximo ao Busto de Tamandaré, nas areias da divisa das praias de Tambaú e Cabo Branco, em João Pessoa. A apresentação de abertura fica com o cantor Erick von Sohsten.
O show recebe o batismo do disco mais recente da cantora e compositora carioca, lançado pela EMI Music no final de 2011.
Na época, foi o primeiro trabalho com inéditas depois de 15 anos dedicados para o resgate de grandes nomes da música popular brasileira como Cartola (1908-1980) e Nelson Cavaquinho (1911-1986). O trabalho foi vencedor do Grammy Latino 2012 na categoria de Melhor Álbum de Samba/Pagode.
A apresentação do Nosso Samba Tá na Rua é diferente do show que estreou em novembro de 2011. Principalmente por causa de uma pausa de oito meses de internação em hospital do Rio de Janeiro para tratamento do problema de coluna que atrapalha a agenda e a vida da sambista desde 2009. A nova versão estreou em setembro do ano passado, com um roteiro diferente.
A última vez que a carioca da gema esteve na capital paraibana foi no ano de 2008, em um evento privado de uma cooperativa médica.
Para o público paraibano acompanhar em coro, a artista cantará músicas fundamentais do seu repertório como ‘Coisinha do pai’ (Jorge Aragão) e ‘Andança’ (Paulinho Tapajós), além de clássicos de Cartola como ‘As rosas não falam’ e ‘O mundo é um moinho’, esta última recentemente fez parte da trilha sonora da novela Lado a Lado (Rede Globo), entre outros sucessos.
Das inéditas, Beth Carvalho avisa que vai apresentar apenas a música que dá título ao disco e turnê, ‘Nosso samba tá na rua’ (composta por Roberto Lopes, Alamir, Canário e Nilo Penetra), e ‘Chega’ (de Rafael dos Santos e Leandro Fregonesi).
A cantora e compositora acha que a palavra ‘pagode’ ficou deturpada de uns anos para cá. “Pagode é uma forma íntima de se chamar o samba”, explica. “Algumas coisas que se vê por aí não é pagode. É outra forma de cantar diferente. É outro gênero”.
Ainda para este ano, Beth revela que quer fazer um DVD do Nosso Samba Tá na Rua, incluindo outras canções inéditas que não estão no disco, a exemplo do samba ‘Parada errada’ – em que o compositor Serginho Meriti (coautor de ‘Deixa a vida me levar’) foca o grave problema do crack sob a ótica da mãe de um viciado. “O problema do crack no país é uma gravidade sem par”, comenta a artista.
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